Luciana Mandler
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Há cerca de duas semanas, a empresa de cigarros Japan Tobacco International (JTI), instalada em Santa Cruz do Sul, iniciou a produção de cigarro palheiro da Natural American Spirit (NAS). O produto será o primeiro cigarro da categoria totalmente biodegradável do País.
Conforme o diretor de Assuntos Corporativos e Comunicação da JTI, Flávio Goulart, o processo de produção está sendo feito praticamente todo à mão por artesãos treinados, que passaram a integrar o quadro de novos colaboradores da empresa. Ainda, segundo Goulart, não se tem números referentes à produção, pois o processo é mais lento, tendo em vista que é manual, diferente do cigarro tradicional, onde é possível ter uma boa quantidade de produto por minuto.
A cadeia produtiva do palheiro NAS está alinhada ao ideal da marca de ampliar seu portfólio na comercialização de tabaco premium. Produzido com palha de milho de propriedades de pequenos produtores brasileiros – hoje oriundos de São Paulo – cuja produção apresenta melhor qualidade, o palheiro é enrolado artesanalmente. Sem filtro, uma anilha (argola) de papel, que mantém o cigarro enrolado é biodegradável.
Para o diretor de Assuntos Corporativos e Comunicação da JTI, mais do que a valorização dos produtores brasileiros, a empresa precisou buscar fornecedores e conhecer suas matérias-primas. “Hoje, o melhor produto vem de São Paulo. Precisamos primar pela qualidade e conformidade – tanto do sabor quanto do visual. É preciso que se tenha essa harmonização”, sublinha.
O novo palheiro possui altos padrões de sustentabilidade e menor uso de defensivos e fertilizantes químicos. Além de ir ao encontro das questões sustentáveis, a própria marca traz um produto mais natural. “A ideia é trazer uma experiência mais natural no fumar”, reflete Flávio Goulart.
Em relação ao empacotamento, Goulart explica que ocorrerá da mesma forma que os demais cigarros. “Serão 20 cigarros em cada carteira, num pacote com 10 unidades”, aponta.
Neste primeiro momento, a comercialização ocorrerá apenas em São Paulo devido ao consumo maior e a cadeia de distribuição, tendo em vista a facilidade de introdução no mercado e pelo produto já ser conhecido. Além disso, regiões como Minas Gerais e Distrito Federal, também são futuros potenciais para comercialização, conforme pesquisas realizadas pela JTI. “O produto existe, tem aceitação”, frisa Goulart. “Vamos lançar o produto e ver como se comporta no mercado e então ampliar”, completa.