O Movimento Cinturão Verde – no contexto de uma cidade socioambiental segue empenhado em sua agenda de organização e mobilização social. Na manhã de terça-feira, 30, a iniciativa realizou a primeira reunião do grupo técnico, no Salão Nobre do Palacinho da Praça da Bandeira.
O encontro inicial teve como objetivo ouvir os convidados e suas aspirações, bem como avaliar formas para o desenvolvimento do trabalho em conjunto. Participaram representantes do meio acadêmico – Unisc, Dom Alberto e Unipampa, de entidades de classe, do segmento empresarial e das secretarias municipais de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass) e de Planejamento e Governança.
A prefeita Helena Hermany destacou a relevância da participação dos convidados. Ela salientou a urgência que o Cinturão Verde e o meio ambiente têm em sua agenda de governo. “Nossa geração não cuidou desta riqueza como deveria. Agora, chegou a hora de fazermos a nossa parte”.
A prefeita lembrou que os efeitos da degradação ambiental já não podem ser ignorados, com os sucessivos eventos climáticos que têm causados danos ao redor do planeta e também começaram a se manifestar na região e no próprio município.
Helena salientou também a importância de, com perseverança, sensibilizar as crianças e a população em geral para a necessidade da preservação ambiental. “Conscientização é algo que demora, precisaremos de persistência para chegar ao nosso objetivo”. Entretanto, a chefe do Executivo Municipal reforçou sua crença em que é possível atingir os resultados almejados. “Nossa cidade tem condições que muitas outras não têm. Este é um compromisso nosso com as gerações futuras”.
Conforme Helena, a iniciativa terá um olhar especial para as áreas preservadas, bem como para os proprietários preservacionistas.
Idealizador e coordenador do Movimento Cinturão Verde, o geólogo ambientalista José Alberto Wenzel destacou que a proposta busca o estabelecimento de uma cidade socioambiental, abrangendo também outras áreas como o a do Lago Dourado, a Várzea, piscinões, praças e parques.
De acordo com Wenzel, o trabalho transversal, buscando abranger também iniciativas de outros entes da sociedade, tem como objetivo pensar Santa Cruz do Sul para os próximos 30 anos, com ações de curto, médio e longo prazo. “Temos uma tarefa muito grande de não gerar uma falsa expectativa na população, criando uma visão integrada da proposta e para as próximas três décadas”.
Conforme o geólogo, mais de 20 reuniões já foram realizados com diferentes segmentos da sociedade para a apresentação do movimento. Wenzel ficou especialmente entusiasmado com informação apresentada pelo biólogo Jair Putze. Conforme o pesquisador, algumas áreas do Cinturão Verde, por hectare, apresentam mais biodiversidade que alguns espaços da Amazônia.
Titular da Semass, o secretário Cesar Cechinato frisou que é preciso comemorar o patrimônio ambiental do qual Santa Cruz do Sul dispõe. Para ele, a iniciativa trata, em outros termos, sobre a cidade que os santa-cruzenses desejam ter. “Santa Cruz do Sul pode manter e ampliar seus indicadores de qualidade de vida e o movimento é a ferramenta para isso”.