Luciana Mandler
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O verão chegou acompanhado de calor e sol intenso. Por isso, é importante ter cuidados com a pele. É natural que durante o verão a exposição solar seja maior em função do clima quente e ensolarado. “As pessoas aproveitam para curtir em espaços mais abertos e junto à natureza”, aponta a dermatologista Carla Dopke. “Devemos ter um cuidado maior em relação à fotoproteção visto essa maior exposição”, frisa.
Entre os cuidados, a profissional aponta: beber bastante líquidos para promover a hidratação global do corpo (preferencialmente água, mas pode ser suco natural, água de coco e vitaminas); uso de protetor solar diário para combater a ação dos raios ultravioleta na pele; uso de chapéus e óculos escuros para o cuidado da retina; uso de roupas claras para refletir mais os raios incidentes e não absorver tanto calor, ou uso de roupas com proteção UV; evitar exposição entre 10h e 16h; preferir locais à sombra.
A dermatologista Carla também recomenda que o FPS mínimo seja 30 para peles claras e 15 para as escuras, que são mais resistentes à ação nociva da radiação solar. Já em relação aos horários, indica-se evitar exposição solar entre 10h e 16h, preferindo então horários mais cedo pela manhã ou à tardinha.
CRIANÇAS
Já bebês menores de seis meses não devem ser expostos diretamente ao sol, visto que é contraindicado o uso de filtros solares. “A partir dessa idade, a exposição é recomendada antes das 10h ou após as 16h”, explica a médica dermatologista. “Temos opções para uso nessa faixa etária: roupas com proteção UV, chapéu de abas largas e óculos escuros”, completa.
Carla salienta ainda que filtros solares físicos são os mais recomendados para crianças entre os seis meses e os dois anos de idade. “Já os filtros químicos, podem ser usados a partir dos dois anos de idade”, esclarece. “Lembrando que a proteção solar em si não basta para proteger a criança da insolação e desidratação. São os pais os responsáveis que devem tomar o cuidado com a exposição solar excessiva nessa feita etária, pois os fotoprotetores não são suficientes para impedir todos os efeitos do sol e do calor”, enfatiza.
Exposição Direta
Para pessoas que trabalham diretamente ao sol, a aposta deve ser na proteção solar física (roupas com proteção UV, chapéu com abas largas, óculos escuros), além do uso dos fotoprotetores, conforme Carla.
Como repor a vitamina D no nosso organismo
Que a vitamina D é importante todo mundo sabe. Mas e como repor essa vitamina? Segundo a dermatologista Carla Dopke, a vitamina D pode ser encontrada em suplementos, em alimentos como leite, iogurte, papinha de bebê; de origem animal (peixes do tipo salmão, sardinha, atum), e em alguns vegetais. “Em geral, recomenda-se tomar sol pelo menos três vezes por semana, sem aplicação de protetor solar na área a ser exposta, em média, de 15 a 20 minutos diários. Embora, nós, médicos, advertimos sobre tomar sol entre 10h e 16h, por conta do risco de se desenvolver queimaduras, lesões oculares e doenças cutâneas, entre as mais perigosas o câncer de pele melanoma”, sublinha.
O horário mais propício para se estimular a obtenção da vitamina D é entre 10h até as 15h, pois é nessa faixa que a incidência de raios UV atinge seu pico. “No entanto, é melhor evitar o sol do meio-dia por ser muito intenso e perigoso”, alerta.
Carla explica que deixar braços, mãos e pernas à mostra, ou 15% da superfície corporal já é o suficiente para que a vitamina D possa ser produzida. “Não esqueça que a obtenção da vitamina D é impedida se a exposição à luz se der por trás de janelas de vidro e é praticamente inexistente no início e no final do dia, pois os raios solares chegam fracos devido ao ângulo da Terra, e também reduz bastante em dias nublados”, lembra a profissional.
Se uma pessoa está com deficiência de vitamina D e quer tomar sol continuamente e sem proteção, mas não consegue produzi-la de forma natural, seja devido à rotina em ambientes fechados, por trabalhar à noite, ou então por morar em um país de clima frio, o melhor é que faça suplementação, sendo esta administrada pelo médico, com base nas particularidades individuais.