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Centro de eventos: Estado acena para negociação da área

 

Arte: Divulgação Novos Rumos
Projeto da fachada do Centro de Eventos no quarteirão entre as ruas Galvão Costa, João Pessoa e Tenente Coronel Brito
 
Mara Pante
 
O Chefe da Casa Civil, Carlos Pestana (PT) esteve em Santa Cruz na manhã desta segunda-feira, 07, em reunião com entidades empresariais, governo e associações de moradores. O encontro aconteceu no Gabinete da prefeita Kelly Moraes (PTB) e rendeu esperanças de uma negociação entre o Estado e o Município na questão da área pertencente ao Daer e pleiteada para a construção de um grande centro de eventos. Pestana disse que por motivos legais a área não poderá ser doada ao município, porque um centro de eventos tem natureza privada e poderia gerar lucro, mas que haveria outros mecanismos para um acerto, como permuta por outros imóveis e áreas ou o Estado pode dar uma parte e obter retorno em área construída. 
Mesmo concordando que a localização do referido imóvel em área nobre justifica o pleito do município, disse que há de se pensar em realocar todos os serviços do estado que ali funcionam como a Inspetoria Sanitária, o próprio Daer, Fepam, Orçamento Participativo, Secretaria Estadual de Obras, e há cessão de uso para a 13ª Coordenaria Regional de Saúde – CRS e ainda um processo em andamento para uso pela Secretaria de Cultura do Estado no projeto Galpão Cultural e oito residências. Mas resolvido isso não há problemas, complementou Pestana, “porque não há necessidade de toda essa estrutura ficar aqui”. 
Empresários e políticos locais mostraram ao Chefe da Casa Civil as justificativas para o pedido. O presidente da Associação dos Empresários – Assemp -, Fábio Borba, lembrou que dentro do projeto estão contemplados espaços para as organizações do Estado e que o grande desafio é dar destinação adequada, ainda que momentânea aos servidores e serviços que ocupam a área. Mas pontuou que o parque de máquinas do Daer não tem que estar em área nobre como esta.
 
PROGRESSIVO
“Não é de uma hora para outra que será tomada uma decisão, será um andamento progressivo”, frisou Pestana. Um grupo de trabalho já levantou a situação após as reuniões da prefeita Kelly e empresariado com o governador Tarso Genro. “O Estado tem disposição de construir esta solução e que vá ao encontro das necessidades de ambos os lados”, assinalou. O terreno, com 17,5 mil metros quadrados e 4,8 mil metros quadrados de construções, foi avaliado em R$13 milhões. “É um espaço nobre”, reconhece o Chefe da Casa Civil,”e um centro de eventos cabe aqui e vai gerar efeito para o conjunto da região – é uma proposta boa e há disposição do Estado em sentar e discutir”. 
Pestana gostou da ideia de ter um pequeno centro administrativo do Estado dentro do Centro de Eventos e destacou que tudo deve ser encaminhado ainda na atual administração municipal. 
 

Foto: Rolf Steinhaus
Kelly, Pestana e Campis, na reunião realizada no Gabinete
 
 
PARCERIA
O vice-prefeito Luiz Augusto Costa a Campis (PT) lembrou que se falando em parceria, o município já assume vários alugueis do Estado, como várias casas para a Polícia Civil, Brigada Militar e Susepe.
A prefeita Kelly Moraes (PTB) disse que se torna mais perto o caminho parta que se possa avançar neste setor, da indústria sem chaminés, do turismo que é um dos braços da diversificação.
Após a reunião, Pestana vistoriou as instalações que ficam no complexo pleiteado por Santa Cruz do Sul. “Na próxima semana deverá ser anunciada uma reunião entre o governo e a administração municipal”, adiantou.
 
PROJETO
O projeto do Centro de Eventos prevê localização estratégica, perto do Parque da Oktoberfest, da rede hoteleira e dos acessos a Porto Alegre e ao Centro do Estado. A estrutura teria 16 mil metros quadrados em 16 andares – nos dois primeiros estaria o estacionamento e nos demais ficariam os espaços para associações, movimentos e sindicatos. Também prevê um conjunto de salas de apoio e um auditório com diferentes módulos. A previsão é que a obra custe em torno de R$ 20 milhões. O valor seria arcado pelas entidades envolvidas.
 
Foto: Ataídes de Souza
Pestana, Kelly e Campis observam mapa da área mostrado pelo engenheiro do Daer, João Fontoura