Fabrício Goulart
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Anunciada para ocorrer de 10 a 13, 17 a 20 e 24 a 27 de outubro de 2024, a 39ª edição da Oktoberfest trará o tema “Celebrando a Imigração Alemã”, uma homenagem ao Bicentenário da Imigração Alemã no Rio Grande do Sul e aos 175 anos em Santa Cruz do Sul. O anúncio foi feito no domingo, dia 22, durante o encerramento da Festa Alegria. A solenidade aconteceu sob forte emoção e agradecimentos a todos que possibilitaram e trabalharam para o evento acontecer.
O encerramento iniciou com a chegada das soberanas, a rainha Camila Eduarda Schaefer, e as princesas, Marilia Fischer e Daniela Schoeninger, acompanhadas da Família Fritz. Em seguida, integrantes da coordenação da festa foram chamados um a um. O primeiro a falar ao público foi o presidente da Oktoberfest, João Valdemar Goerck. Em seu pronunciamento, falou da satisfação em finalizar a festa com sucesso. “Estou com sentimento de dever cumprido. Tudo o que planejamos foi executado por uma apaixonada equipe de voluntários e parceiros. E o resultado é uma festa única e especial”, destacou.
Cada uma das integrantes da corte fez os seus agradecimentos, pontuados por lágrimas e momentos de forte emoção. “Um dia um tanto difícil para falar de sentimentos”, iniciou Daniela. “Obrigado a cada um de vocês coordenadores, que estiveram conosco durante todo esse período”, manifestou. “Sempre falávamos durante as nossas divulgações, que estávamos engajadas para fazer a maior e melhor Oktoberfest, e demos o nosso melhor”, disse Marília, que seguiu agradecendo o apoio: “A gente tem uma equipe incrível e, sozinhas, não conseguiríamos fazer isso.”
A rainha, Camila, iniciou a fala e não conteve as lágrimas, sendo aplaudida pelo público. Em seguida, também agradeceu todo o carinho recebido. “Se esta festa deu certo, é porque cada um de vocês colocou muito amor, e abdicou de muita coisa”, pontuou.
Festa única
O presidente da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), Ricardo Bartz, que vinha destacando, em discursos, o objetivo da 38ª edição ser a “maior e melhor Oktoberfest de todas”, lançou uma observação. “Nossa preocupação não é de fazer a maior e melhor, até porque desprestigia todos aqueles que vieram antes de nós. A nossa preocupação deve ser, sim, de fazer uma festa única”, disse. Ao final, desejou à 39ª: “Que seja única.”
Investimento no parque
O vice-prefeito e secretário de Saúde, Elstor Desbessell, que representou a prefeita, Helena Hermany, destacou o nome do presidente da festa, João Goerck. “Eu e a prefeita Helena sabemos o quanto você já se dedicou pela Oktoberfest. E neste ano, o nosso reconhecimento de gratidão por ter se empenhado por tantos anos pela nossa Festa da Alegria”, disse.
Desbessel falou dos investimentos do poder público no Parque da Okoberfest e destacou que outros mais deverão ser feitos pelo Executivo: “Há dois anos lançamos a obra do Centro de Eventos, e agora está aí para todo mundo ver. Mas precisamos avançar muito mais. Vamos seguir com as melhorias para fazer um parque cada vez melhor.”
A solenidade teve ainda apresentação de dança do Centro Cultural 25 de Julho e a exibição de dois vídeos institucionais. No primeiro, uma homenagem aos voluntários que integram a organização da Festa da Alegria. No segundo, o resumo de bons momentos desta edição e o anúncio da próxima. Até ontem à tarde, os números de visitantes e de consumo ainda não haviam sido divulgados pela Assemp.
200 anos da imigração
Os primeiros imigrantes alemães chegaram ao Rio Grande do Sul no dia 25 de julho de 1824, em São Leopoldo. Em Santa Cruz do Sul, os alemães chegaram em 19 de dezembro de 1849, há 175 anos. Segundo informações divulgadas pela organização da festa, os professores Nestor Raschen e Martin Goldmeyer foram responsáveis pela contextualização do tema.
Uma forma de lembrar as tradições e homenagear o legado histórico-cultural presente até os dias atuais. “Na 39ª Oktoberfest, queremos celebrar o legado dos imigrantes alemães, sua cultura e história e buscar inspiração para continuar a construir um lugar bom de se viver e conviver”, destacam.
Na proposta para 2024, será dado destaque para a vida comunitária – que inspira a festa até hoje. “Criaram as comunidades religiosas, fundaram escolas e sociedades de canto, de bolão e tiro ao alvo, que muitas seguem atuantes até os dias de hoje. Estes momentos de lazer e integração eram sinônimos de alegria e preservação dos costumes trazidos na bagagem, uma forma de acalentar os corações, cheios de saudades da pátria-mãe”, completam.