O programa habitacional Casa Verde e Amarela, lançado pelo governo federal na terça-feira, 25, vai substituir o Minha Casa, Minha Vida. O projeto prevê a redução das taxas de juros para financiamentos, regularização de imóveis de famílias de baixa renda e retomada de obras já contratadas que estão paradas.
Em parceria com as prefeituras, a ideia do governo é regularizar até 12 milhões de unidades habitacionais que não têm escritura pública. Com isso, segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, esses imóveis terão valorização de 40% a 60% no mercado imobiliário.
A expectativa é que as faixas classificadas como 1,5 e 2, no programa Minha Casa, Minha Vida tenham redução de meio por cento na taxa de juros. Na primeira, os juros cairão de 5% para 4,5% ao ano e, na segunda, de 5,5% para 5% ao ano.
O ministro do Desenvolvimento Regional (MDR), Rogério Marinho, acredita que um milhão de famílias poderão ser beneficiadas. Para Bernardo Freitas Graciano, presidente da comissão de regularização fundiária do Instituto Brasileiro de Direito Imobiliário, será a maior regularização de imóveis localizados em núcleos urbanos informais já consolidados.
Segundo a Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a habitação popular tem sido responsável pelos resultados positivos durante a pandemia. O Minha Casa, Minha Vida representou 81% dos lançamentos nos últimos 12 meses encerrados em maio de 2020 (total de 106.2563 unidades) e 74% das vendas no mesmo período (total de 118.060 unidades comercializadas).
Pandemia não impacta nas negociações imobiliárias
Um estudo feito pela Xaza, plataforma de intermediação de processos de compra e venda de imóveis, em parceria com a Toluna, empresa de pesquisas e insights para diversos negócios, revelou que a pandemia não gerou grandes impactos no mercado imobiliário tradicional, visto que antes da chegada do coronavírus 55% dos entrevistados tinham intenção de comprar um imóvel e, após o anúncio do isolamento social, 56% ainda possuem intenção de aquisição nos próximos três a seis meses, sendo 16% voltados aos imóveis residenciais. Em relação à venda, o índice se manteve em 15% antes e depois da pandemia. A pretensão de 70% dos possíveis compradores é de adquirir um imóvel até R$ 500 mil, 24% pretende comprar sua residência com o valor entre R$ 500 mil e R$1 milhão e 6% acima de R$1 milhão.
Uma observação feita com o levantamento é que a visita ao imóvel ainda é importante dentro do processo de compra e venda, porém, com a pandemia, houve uma crescente aposta em tours virtuais, devido à necessidade de distanciamento social. Antes da pandemia, 64% dos entrevistados não compraria um imóvel residencial sem a visita presencial e 14% das pessoas que buscam imóveis para investimento, disseram que comprariam sem visita prévia.
Após o início do distanciamento, esses índices foram de 53% e 21%, respectivamente. “Percebe-se uma grande oportunidade para corretores de imóveis que dispõem de ferramentas que facilitem o tour virtual, uma vez que 74% dos interessados solicitam essa modalidade neste período de distanciamento e 80% querem evitar o contato com o vendedor, quando antes eram apenas 29%”, comenta Fernando Nekrycz, CEO da Xaza e especialista em segurança jurídica. (Com informações de Publicidade Imobiliária)