A Legião da Boa Vontade (LBV) completa, em 2020, sete décadas de atuação. Segundo o site da entidade, no Brasil ela mantém 82 unidades socioeducacionais entre escolas de educação básica, escola de capacitação profissional, abrigos para idosos e Centros Comunitários de Assistência Social. A LBV se autodefine como “uma associação civil de direito privado, beneficente, filantrópica, educacional, cultural, filosófica, ecumênica, altruística e sem fins econômicos”.
Além do Brasil, a entidade está presente na Argentina, na Bolívia, nos Estados Unidos, no Paraguai, em Portugal e no Uruguai. No Rio Grande do Sul, a LBV é atuante nos municípios de Glorinha, Pelotas e Porto Alegre. O diretor-presidente da entidade é o jornalista, escritor, radialista e educador José de Paiva Netto.
Em artigo intitulado “A Caridade não é um sentimento de tolos”, Paiva Netto afirma que desde a década de 1960 vem desenvolvendo conceitos a respeito do termo “caridade”. O líder da LBV entende que se trata de “uma ferramenta imprescindível, em minha opinião, para ajustar os mecanismos de uma sociedade ainda hoje regida pelo individualismo, seja no âmbito particular ou coletivo”.
Segundo Paiva Netto, conforme o artigo, a caridade “é a misericordiosa estratégia de Deus que, aliada à Justiça Divina (que não é a violência que homens inescrupulosos têm como tal), estabelece nos corações a condição perfeita para que se governe, administre, empresarie, trabalhe, pregue, exerça a Ciência, elabore a Filosofia e se viva, com espírito de generosidade, a Religião”.
Em uma sociedade que mantém enormes desigualdades, a caridade é, de fato, um instrumento essencial. O trabalho feito pela LBV, e por tantas outras entidades, não pode ser esquecido e deve, sim, ser apoiado e valorizado.