Os pais ou responsáveis têm até sexta-feira, 21, para levar crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade para tomar a vacina contra a poliomielite. A campanha iniciou no dia 8 e, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, foram vacinadas 8,4 milhões de crianças no país. Do público-alvo formado por 12,9 milhões de crianças, 65,2% já foram imunizadas, mas a meta é atingir 95% deste grupo.
Em Santa Cruz do Sul, 4.792 receberam a dose, o que representa 76,61% do público-alvo formado por 6.255 crianças. A meta mínima é atingir 5.943. Segundo a coordenadora do Setor de Imunizações da Secretaria Municipal de Saúde, Raquel Emmel Lopes, os números estão abaixo da expectativa. “Entendemos que as pessoas estão preocupadas com a gripe A, mas é importante que não esqueçam da campanha que já está em andamento. Manter a cobertura vacinal é fundamental, ainda mais tendo em vista a chegada de turistas de fora do país em função da Copa das Confederações”, argumenta.
Ela salienta, ainda, a importância de levar a caderneta da vacinação, que ocorre nos postos de saúde, Centro Materno Infantil (Cemai) e Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Com a introdução da vacina inativada injetável contra a poliomielite nas idades de dois e quatro meses, é imprescindível que o cartão seja verificado antes da administração da vacina oral (gotinha) aos seis meses. “Os postos contam com técnicos capacitados, sendo de máxima importância que os responsáveis não esqueçam do cartão de vacinação, para que o profissional possa avaliar a situação vacinal da criança, considerando o esquema sequencial”, destaca.
Este é o 34º ano de Campanha Nacional contra a Poliomielite, e o 24º ano sem a doença no Brasil. O país está livre do poliovírus desde 1990, sendo objetivo da campanha garantir a não reintrodução da doença no território brasileiro. Raquel lembra que não existe tratamento contra a paralisia infantil, sendo a vacina a única forma de prevenção. Ela protege contra os três tipos de vírus (polio 1, 2 e 3). “Mesmo com sintomas de gripe, as crianças podem receber as gotinhas. Em casos mais específicos, como vômito, diarreia, um médico deve ser consultado para avaliar a aplicação da vacina”, explica.