O vereador Henrique Hermany, do Progressistas, renunciou ao mandato no final da manhã desta terça-feira, 8. Ele encaminhou documento com sua decisão aos integrantes da Comissão Parlamentar Processante (CPP) da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul, criada para avaliar o pedido de cassação do ex-líder do governo Helena Hermany no Legislativo.
O processo partiu do pedido feito por Nicole Weber (Podemos) e Leonel Garibaldi (Novo) com base nos fatos da Operação Controle, do Ministério Público Estadual, e que provocou a manifestação do Comitê de Ética e Disciplina pela suspensão das atividades do vereador Henrique. A própria investigação do MP já havia resultado no afastamento do progressista do cargo, por determinação judicial, desde novembro de 2023 – o suplente Edson Azeredo (hoje no PL) assumiu a cadeira no Legislativo.
A CPP, composta por Bruno Cesar Faller (PDT), Serginho Moraes (PL) e Luizinho Ruas (PSB), tinha prazo para apurar e julgar o Caso Henrique Hermany até a próxima segunda-feira, dia 14. Com a renúncia do vereador, o processo perde o seu objeto e será arquivado. De acordo com a Lei Complementar 64/90, em seu artigo 1º, inciso I, alínea k, o parlamentar ficará inelegível pelos próximos oito anos após o fim da atual legislatura.
Mesmo afastado, Henrique mantinha seus direitos políticos e por isso concorreu à reeleição no último domingo, 6, quando recebeu 791 votos, insuficientes para reconduzi-lo à Câmara como titular – ficou na suplência. No pleito de 2020, o progressista foi o candidato mais votado do seu partido, com 2.073 votos.
No âmbito do Judiciário, Henrique responde por denúncias de fraudes em licitações e contratos, peculato e organização criminosa. A Operação Controle também levou ao afastamento do vice-prefeito de Santa Cruz, Elstor Desbessell (Progressistas), secretários municipais e servidores da Prefeitura e da Câmara de Vereadores, num total de 20 pessoas denunciadas.