FIBA/Divulgação
Lucca Herzog
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Depois da histórica partida do Brasil contra os Estados Unidos em Santa Cruz do Sul, que classificou a seleção para o Mundial, chegou a hora de conhecer o destino do time. A Federação Internacional de Basquetebol (Fiba) sorteou no sábado, 29, em Manila (Filipinas), a composição dos grupos da primeira fase da Copa do Mundo Masculina de 2023, que ocorre de 25 de agosto a 10 de setembro. Os potes para o sorteio, contendo os nomes das 32 equipes, foram divididos de acordo com a posição mundial de cada seleção no ranking da Fiba. O Brasil esteve no pote 3, com a Alemanha, a Grécia e a Itália. Por critérios geográficos, não era possível que dois times do mesmo continente formassem um grupo, com exceção dos europeus. O Brasil integrou, por fim, o Grupo G, junto do Irã, da Costa do Marfim e da atual campeã, a Espanha.
Nesta edição, os jogos ocorrem em três sedes: Manila, nas Filipinas, Okinawa, no Japão, e Jacarta, na Indonésia. Estreando em Jacarta, o time brasileiro terá de superar dois dos três adversários para avançar até a próxima fase, em que enfrentaria então os dois qualificados do Grupo H (Canadá, Letônia, Líbano e França), que também disputarão suas vagas na capital indonésia. Após essa etapa, apenas dois dos remanescentes vão às quartas de final.
A Espanha, favorita ao título, foi campeã em 2006 e 2019, e é a atual líder do ranking Fiba. O Brasil ocupa o 13º lugar, mas também é bicampeão, com conquistas em 1959 (no Chile) e 1963 (em solo nacional, quando foi país-sede). Desde a primeira edição do torneio, em 1950, a equipe nunca deixou de competir, sendo a única a realizar o feito. Não sobe ao pódio desde 1978 (Filipinas), quando conquistou o terceiro lugar, mas, nas Américas, está entre os três primeiros lugares do ranking atual, atrás apenas dos EUA e da Argentina. O Irã ocupa o 22º (segundo melhor da Ásia), enquanto a Costa do Marfim é o número 42 (quinta da África). Em comparação com os possíveis adversários na segunda fase, os brasileiros são superados, no papel, apenas pelos franceses, que são número cinco do mundo. A seleção brasileira fica à frente, portanto, de Canadá (15º), Letônia (29º) e Líbano (43º).
Ao site da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), o técnico da seleção, Gustavo de Conti, dirigiu sua avaliação sobre o resultado do chaveamento: “Nosso grupo é muito forte, com a Espanha, atual campeã, e dois países com o basquete em crescimento, a Costa do Marfim e o Irã. [Temos que] Pensar uma coisa de cada vez. Mas não temos que escolher. Estamos em um Mundial. Só os melhores times do mundo”.
Durante o Mundial, o Brasil manterá também a atenção em vaga para os Jogos Olímpicos de Paris, que ocorre no próximo ano. Para garantir seu lugar em 2024, a equipe precisa de, ao menos, a segunda melhor campanha das Américas no campeonato deste ano. Nesse sentido, compete com EUA, Canada, México, Porto Rico, República Dominicana e Venezuela. A Argentina, atual vice-campeã do torneio, não disputa o título, desde que foi derrotada pelos dominicanos nas eliminatórias.
Próximos Mundiais
As próximas sedes das Copas do Mundo feminina e masculina já foram divulgadas pela Fiba. O Mundial feminino de 2026 será em Berlim, com 16 seleções. O masculino, um ano depois, em Doha, no Catar.
(Fonte: Agência Brasil)
GRUPOS DA COPA DO MUNDO DE BASQUETE 2023
GRUPO A
Angola
República Dominicana
Filipinas
Itália
GRUPO B
Sudão do Sul
Sérvia
China
Porto Rico
GRUPO C
Estados Unidos
Jordânia
Grécia
Nova Zelândia
GRUPO D
Egito
México
Montenegro
Lituânia
GRUPO E
Alemanha
Finlândia
Austrália
Japão
GRUPO F
Eslovênia
Cabo Verde
Geórgia
Venezuela
GRUPO G
Irã
Espanha
Costa do Marfim
Brasil
GRUPO H
Canadá
Letônia
Líbano
França
