A variação do custo da Cesta Básica Nacional em Santa Cruz do Sul foi de 6,203% no período de 5 de abril até a última quarta-feira, 3. O pacote passou de R$ 591,53 para R$ 628,22, numa elevação de R$ 36,69. Dos 13 produtos pesquisados, cinco apresentaram redução e oito tiveram ampliação de preço. Os dados foram apurados pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (Cepe) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).
As maiores contribuições para esta subida do custo foram do tomate (aumento de 7,607%) e da batata inglesa (0,833%). Contribuíram para frear essa elevação a carne bovina (redução de 2,077%) e a banana (queda de 0,400%). Em 2023, há um crescimento de 0,869% no valor da cesta básica no município e, considerando os últimos 12 meses, o acumulado é de 2,087%. Com esse custo, um trabalhador de Santa Cruz que recebe, neste início de mês, o salário mínimo nacional, precisa trabalhar 106,152 horas para adquirir o conjunto de 13 produtos, ou 6,20 horas a mais que o necessário em abril.
A partir dos gastos com alimentação é possível estimar a quantia ideal para o atendimento das necessidades básicas do trabalhador e de sua família. Seguindo a mesma metodologia utilizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o valor do salário mínimo em Santa Cruz para o mês de abril deste ano, pago no início de maio, deveria ter sido de R$ 5.238,12 para uma família composta por dois adultos e duas crianças.
A Cesta Básica Nacional relaciona um conjunto de alimentos que seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador adulto ao longo de um mês, tomando como base o Decreto Lei 399, de 30 de abril de 1938, que regulamenta a Lei 185, de 14 de janeiro de 1936 – a da instituição do salário mínimo no Brasil. Este se configura na remuneração devida ao empregado adulto, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, capaz de satisfazer, em determinada época e região do país, às suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.