Início Economia Bolso do consumidor | Cesta básica recua 0,246% em Santa Cruz

Bolso do consumidor | Cesta básica recua 0,246% em Santa Cruz

Acumulado deste ano mostra redução de 5,962% e nos últimos 12 meses houve aumento de 0,211%

Carne bovina registrou redução de mais de 2%, a maior contribuição do período
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A Cesta Básica Nacional teve redução de 0,246% em Santa Cruz do Sul no período de 7 de agosto ao dia 3 deste mês, passando de R$ 618,26 para R$ 616,73, um decréscimo de R$ 1,53. Dos 13 produtos pesquisados, cinco apresentaram queda e oito tiveram aumento de preço. Os dados foram apurados pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (Cepe) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).
As maiores contribuições para essa redução do valor do pacote foram da carne bovina (-2,082%), do tomate (-0,754%) e do leite tipo C (-0,293%). De outro lado, concorreram para frear a diminuição do custo no município a banana (+1,711%), a batata inglesa (+0,310%) e o café em pó (+0,298%).
Neste ano, há uma redução da cesta básica em Santa Cruz da ordem de 5,962%. Considerando os últimos 12 meses, houve uma elevação de 0,211%, ou R$ 1,30 acima do que custava em setembro de 2023. Com isso, um trabalhador que recebeu no início deste mês o salário mínimo nacional precisou trabalhar 96,093 horas para adquirir o conjunto de 13 produtos, ou 0,24 hora a menos que o necessário no mês anterior.
A partir dos gastos com alimentação é possível estimar a quantia ideal para o atendimento das necessidades básicas do trabalhador e de sua família. Seguindo a mesma metodologia utilizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o valor do salário mínimo em Santa Cruz para o mês de agosto de 2024, pago no começo de setembro, deveria ter sido de R$ 5.142,35 – ou seja, 3,641 vezes maior do que o atualmente vigente – para uma família composta por dois adultos e duas crianças.
A Cesta Básica Nacional relaciona um conjunto de alimentos que seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador adulto ao longo de um mês, tomando como base o Decreto Lei 399, de 30 de abril de 1938, que regulamenta a Lei 185, de 14 de janeiro de 1936 – a da instituição do salário mínimo no Brasil. Este se configura na remuneração devida ao empregado adulto, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, capaz de satisfazer, em determinada época e região do país, às suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.