OSVINO TOILLIER – Mestre em Educação e Vice-Presidente do SINEPE-RS
Fomos jogados num modelo de aulas remotas, em que o professor é obrigado a se utilizar de recursos tecnológicos e tentar minimamente transmitir os conteúdos a serem assimilados pelos alunos em casa.
Todos estão loucos para voltar às atividades escolares, ocupando os espaços com as mais diversas atividades, aprendendo em conjunto os conteúdos programáticos. Todos estão ansiosos para voltarem a ser protagonistas no território da escola, cujo personagem central é a criança, o aluno.
Pensar em homeschooling é violentar a concepção de que o aluno é o personagem central da instituição chamada escola, espaço sagrado do aprender e ensinar. É uma pena que as circunstâncias impuseram às instituições essas mudanças, a fim de proteger a todos dos riscos da pandemia. A escola perdeu, de certa forma, a sua autonomia e o seu encanto poético, e teve de render-se às evidências da doença e colocar como prioridade a saúde.
Chegou a hora de a escola recuperar o respeito à sua autonomia e à sua missão sagrada. Vai demorar um bom tempo para que a escola recupere na plenitude suas atividades e o seu charme.