Ricardo Gais
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Em uma semana marcada pelo vai e vêm das regras do sistema de Distanciamento Controlado por bandeiras na região, Santa Cruz do Sul (R28), segue os protocolos da classificação laranja. Para que isso fosse possível, a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) enviou um modelo próprio a ser seguido e foi aprovado na tarde de quarta-feira, 26, pelo Governo do Estado. Com isso, Santa Cruz do Sul foi a 10ª região autorizada a adotar o sistema de cogestão e colocar em prática o protocolo elaborado para o enfrentamento da pandemia de Covid-19.
A classificação da região 28 continua em bandeira vermelha – de alto risco de contágio para o coronavírus – no sistema do governo estadual, até a nova divulgação das bandeiras, que acontece hoje. Santa Cruz até adotou na quarta-feira, as regras da bandeira vermelha. No entanto, desde o meio-dia de ontem, 27, a região pôde atuar com regras da bandeira laranja, que são mais flexíveis para a abertura do comércio, restaurantes, indústrias, circulação de pessoas e demais setores.
O presidente da Amvarp e prefeito de Candelária, Paulo Butzge, comentou como se dará esse processo de cogestão compartilhada com o governo. “A gente faz a análise da nossa região de acordo com os nossos critérios, através do plano elaborado e apresentado ao Estado, e o governo estadual faz a análise de acordo com os critérios deles. Por isso da elaboração desse plano regional, que agora nos dará uma tranquilidade relativa, porque mesmo a região ingressando em bandeira vermelha, pelo Estado, de acordo com o nosso plano regional, permaneceremos em bandeira laranja”.
Butzge explica que caso houver evolução nos números da pandemia, tanto no sentido negativo como positivo, o plano regional será revisto e medidas diferenciadas serão adotadas. “Temos indicadores científicos que nos dão a tranquilidade para que possamos permanecer nos critérios da bandeira laranja”, pontuou. O presidente se refere a pesquisa que está sendo realizada na região: Covid-VRP, que foi encomendada pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), que fornece dados científicos e técnicos da região. Sendo um dos motivos que explicam a aprovação do modelo próprio, além das justificativas como: aumento no número de leitos de UTI disponíveis (33 no total) na região; a proliferação da Covid-19 nos municípios da região é mais branda, diferente de outras regiões do Estado; queda no número de pacientes com o vírus ativo e aumento dos recuperados; uma das menores taxas de mortalidade para cada 100 mil habitantes e sistema de saúde capaz de atender à demanda da região, além de apresentar umas das menores taxas de ocupação dos leitos de UTI Covid.