Everson Boeck
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A greve dos bancários teve seu encerramento deflagrado na noite de segunda-feira, em assembleia no Sindicato dos Bancários de Santa Cruz do Sul e região. Depois de uma semana de paralisação, a categoria aprovou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que ofereceu aos trabalhadores um reajuste de 8,5% sobre os salários – a reivindicação era de 12,5% –, 9% sobre o piso, 12,2% no ticket e melhorias na Participação dos Lucros e Resultados (PLR). Em Santa Cruz do Sul, as agências já estão funcionando normalmente.
Na região de abrangência do Sindibancários, que compreende 22 municípios, apenas as agências do Banrisul estão em greve nas cidades de Venâncio Aires, Encruzilhada do Sul, Taquari e Arroio dos Ratos. O Banrisul também continua em greve nos demais 36 sindicatos do estado. Nas demais agências, alguns servidores retornaram às atividades ainda na segunda-feira, porém bancos privados e o Banco do Brasil retomaram o trabalho na terça. Em Santa Cruz, agências do Itaú, Santander, Bradesco, HSBC e do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal estão funcionando normalmente.
O diretor de Comunicação do Sindibancários, Cândido Castro Machado, considera que, em uma semana de greve, a paralisação foi positiva. “Tivemos aumento de 2% em relação à inflação, 2,5% em relação ao piso e uma PLF melhor que do ano passado. Foi uma greve forte, com mais agências e mais servidores que aderiram ao movimento”, observa.
Segundo Candido, cerca de 250 trabalhadores em 27 agências aderiram à paralisação durante a semana. Ele acredita, também, que a agilidade da Fenaban em oferecer uma nova proposta pode ter relação com o período da paralisação em razão do período eleitoral e pelo movimento ter sido deflagrado entre o fim de um mês e o início de outro. “Nesta época o movimento é maior nas instituições, então os bancos queriam encerrar logo a greve para não ter prejuízo”, ressalta.