Dilso J dos Santos
Os braços da minha mãe…
Aqueles braços varriam o mundo. Quebravam-se as costas para que eles deixassem brilhosos os chãos que as mãos – tocadas por eles –...
Nunca haverá nada mais bonito do que as mãos de meu...
Então ele partiu. Seu rosto era de quem se deixava ficar, mas seu corpo se ia, apequenava-se na estrada. Quando o mundo chama, as...
No tempo das orelhas puxadas
Hoje tirei a tarde para ficar em silêncio, para recordar. Gosto de me reencontrar com algumas estradas. Viajar de trás para frente. Acho que...
No banco-carona da bicicleta de meu pai…
Quando era criança, lembro que o mundo parecia bem maior. Minhas memórias, às vezes, piscam para lances assim. Não recordo de tudo, mas o...
Minha mãe e suas “estudações”
Nunca saberei retribuir o que a sabedoria sabida de uma mulher analfabeta soube me dar. Tive que ler, e ler muito para entender o...
Meus amores…
Domingo, 31 de março de 2019. Hoje o Golpe Militar, de 1964, completa seus 55 anos de vergonha histórica. Meus olhos ainda estão vívidos...
Leitura: uma condição existencial
Quando falamos em leitura sempre nos vêm à mente aqueles velhos e surrados dilemas: “Mas eu não gosto de ler. Não tenho o hábito…”....
Jornalismo e literatura
A escrita é a incapacidade de ver o mundo sem as pontas dos dedos. É sentir a vida em braile enquanto dedilha (para ela)...
Há mais do que duas margens no rio
Quem nunca ouviu a expressão: “mas tu não eras assim…” Desconfio que todos já fomos vítimas disso. Não entendo como as pessoas conseguem não...
Gato, café e literatura
Há alguns anos, durante uma disciplina no Curso de Comunicação Social, uma aluna veio até mim e disse: “Adoro as imagens de seus gatos...