Luciana Mandler
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Ao longo do ano de 2020, o 6º Batalhão de Bombeiro Militar de Santa Cruz do Sul registrou 364 incêndios em geral, tendo entre as principais ocorrências sinistros em estufas de fumo, a residências, a meios de transporte e a vegetação (confira os dados no box). O número de sinistros aumentou 59,6% em relação a 2019, quando ocorreram 228 casos.
No ano passado, o primeiro semestre contabilizou maior número de ocorrências do total. Em janeiro foram 44 sinistros, enquanto que em fevereiro foram 35. Já em março foram 70, mês com maior número de registros. No primeiro semestre ocorreram 246 incêndios contra 118 no segundo semestre.
NA VEGETAÇÃO
Entre os registros, o que chama a atenção é o aumento de incêndios em vegetação. Em 2020 foram 218 sinistros contra 115 no ano de 2019. Com o objetivo de prevenir, o Corpo de Bombeiros orienta que os cidadãos tomem algumas medidas preventivas, tais como: não atear fogo em lixo ou vegetação, pois há real possibilidade de que os ventos fortes, característicos desta época do ano, somados ao clima seco, calor intenso e escassez de chuvas propiciem a propagação rápida e descontrolada do fogo, podendo evoluir para um incêndio de maiores proporções e consequente risco à segurança de eventuais moradores próximos à área de queima, além do crime ambiental; não lançar ponta de cigarro ao solo; e não lançar garrafas, cacos de vidro, espelhos, etc, de modo a evitar possível início de incêndio pela ação dos raios solares sobre estes objetos.
O major QOEM Joel Luís Dittberner, subcomandante do 6º BBM e chefe da seção de prevenção ressalta para o cuidado ao acender fogueiras em acampamentos, tomando cuidado para fazê-las somente após limpar a vegetação do entorno. Certificando-se, ao finalizar a utilização, de que as brasas estão apagadas e resfriadas. “Pequenos focos podem se tornar grandes incêndios”, alerta.
ESTUFAS
Já em estufas, em 2020 foram 21 casos contra cinco no ano de 2019. Para evitar os sinistros, o major Joel Luís Dittberner dá algumas orientações. “Os agricultores devem priorizar a instalação de telas de proteção no interior da estufa, que evitam que folhas de fumo caiam em cima dos dutos de aquecimento, bem como manter a limpeza diária do local”, aponta. Ainda segundo ele, é preciso manter supervisionada enquanto estiver em uso a estufa, utilizar controlador de temperatura com aviso sonoro, de preferência não haver outras construções em anexo à estufa de fumo para não danificar outras áreas em caso de incêndio. Já em se tratando de ocorrer incêndio na estufa, o Subcomandante do 6º BBM orienta a mantê-la fechada para evitar a entrada de oxigênio e ligar imediatamente para o Corpo de Bombeiros.
NAS RESIDÊNCIAS
Também houve aumento no número de sinistros em residências. Ano passado foram registrados 64, enquanto que em 2019 foram 41. Foram 23 incêndios a mais. Devido ao aumento significativo do calor, se intensifica o uso de aparelhos elétricos como ares-condicionados, ventilados e geladeiras, podendo causar uma sobrecarga na rede elétrica. “Para evitar devemos realizar a manutenção e supervisão da rede elétrica da residência e equipamentos”, orienta o Major.
Outra dica importante é que ao sair de casa procure desligar e tirar das tomadas os equipamentos elétricos; mantenha a manutenção do sistema de arrefecimento do automóvel para evitar o superaquecimento e possível princípio de incêndio, assim como manutenção geral do carro e realização de pequenas paradas em viagens longas.
OS NÚMEROS
As principais ocorrências de incêndio atendidas em 2020:
Estufas de fumo: 21
Residências: 64
Meio de transporte: 29
Vegetação: 218
As principais ocorrências de incêndio atendidas em 2019:
Estufas de fumo: 5
Residências: 41
Meio de transporte: 27
Vegetação: 115