A Associação de Turismo da Região do Vale do Rio Pardo (Aturvarp) iniciou um levantamento junto aos empreendimentos turísticos dos 13 municípios associados. A iniciativa visa quantificar as perdas decorrentes do desastre natural, assim como ajudar na orientação para que os empreendedores tenham acesso a auxílios da União, do Estado e da iniciativa privada.
Conforme o presidente da Aturvarp, Djalmar Ernani Marquardt, a expectativa é reunir a maior quantidade de informações para contabilizar as perdas ocorridas nos desastres naturais que atingiram a região. “Em vários municípios houve prejuízo e destruição. Nosso papel agora é registrar estas informações, com a intenção de sensibilizar os governos do Estado e a União, na busca por recursos”, pontua.
Marquardt acrescenta que o levantamento já iniciou, e, dadas as dificuldades de acesso e comunicação ainda em alguns municípios, não tem uma data estipulada para ser concluído. Estamos contando com o auxílio da Associação Pró-Turismo em Santa Cruz do Sul (Aprotur), que elaborou um questionário a ser preenchido por todos os empreendimentos turísticos do Vale do Rio Pardo. “O importante é termos estas informações para que, via associação, possamos encaminhar estes dados para que recursos possam ser destinados à recuperação”, destaca o presidente. O Ministério do Turismo anunciou a destinação de um bom volume de recursos para o RS para a recuperação de empreendimentos turísticos no Rio Grande do Sul. A Secretaria de Turismo do RS também terá recursos a destinar. Além disso, buscaremos recursos via doações específicas para a retomada das atividades turísticas no Estado. O presidente da Aturvarp conta que a entidade irá procurar meios de acesso a estes recursos para os empreendedores da região. “Estes recursos poderão beneficiar meios de hospedagem, agências de turismo, parques temáticos, restaurantes, bares entre outros segmentos do setor atingidos pela tragédia climática.
Liberação de vias terrestres
Com dois grandes eventos regionais cancelados – a Expocande, em Candelária, e a Fenachim, em Venâncio Aires – vários empreendedores e negócios no ramo de serviços, hospedagem e turismo receptivo também acabaram afetados. “Está sendo um momento muito difícil para todos no setor. A não-realização destes eventos, e de outros que possivelmente venham a ser cancelados, prejudica toda a economia, pois ao turismo, somam-se vários outros segmentos da economia impactados”, avalia.
Ainda como ação emergencial, a Aturvarp encaminhou um ofício à Secretaria Estadual de Turismo (Setur), informando o interesse do Vale do Rio Pardo em participar da Campanha de Retomada das Atividades Turísticas no RS, pedindo, em especial, atenção à recuperação das vias terrestres afetadas e que impedem a circulação de automóveis de passeio, ônibus e caminhões. “Isso é muito importante para que se estabeleçam conexões e que os visitantes possam retornar aos municípios da região. O próprio socorro aos empreendimentos que necessitam de obras e reformas acaba dependendo destes acessos”, complementa Djalmar Ernani Marquardt, presidente da Aturvarp.