Este sábado, 11, foi marcante para a atleta Jaqueline Beatriz Weber, do Praia Clube/Miller/Florestal/Certel/Fila, ao sagrar-se vice-campeã dos 800 metros rasos no Campeonato Ibero-Americano. A meio-fundista nascida em Teutônia, no Vale do Taquari, e radicada em Santa Cruz do Sul, no Vale do Pardo, cravou 2min01s64, sua melhor marca do ano e apenas a 10 centésimos da melhor da sua vida nessa especialidade. Logo após a chegada na pista da Universidade Federal do Mato Grosso, em Cuiabá, enrolada na bandeira do Rio Grande do Sul, ela se emocionou ao homenagear a população do Estado, que vive o drama das enchentes.
A competição na capital mato-grossense reúne atletas de países de língua espanhola e portuguesa e vale importantes pontos para a obtenção da classificação à Olimpíada de Paris 2024. Com o resultado deste sábado, Jaque deve assumir a 44° posição no ranking mundial dos 800 m, entrando pela primeira vez na cota olímpica, que é para as 48 melhores do planeta nessa prova. “Foi um dia de lavar a alma. Eu sonhei e trabalhei duro para ter essa performance neste campeonato e foi um dia de colher todo este esforço”, celebrou.
A conquista foi ainda mais especial devido a situação que se encontra o Rio Grande do Sul. Ao cruzar a linha de chegada, Jaque pegou a bandeira gaúcha e a exaltou para o público que acompanhava o torneio – e também honrou a flâmula brasileira como única atleta do país na final dos 800 m.
“É um momento muito difícil para todos nós, gaúchos. Participei de diversas ações na última semana, quando estive no Rio Grande do Sul, mas entendi que a melhor maneira de contribuir neste momento seria trazer uma alegria para nosso povo e transmitir uma mensagem de esperança. Com muita luta e resiliência, tenho certeza que vamos dar a volta por cima”, projetou Jaque, sobre as soluções para o drama do Estado.