A presidenta Dilma, que com fisionomia constrangida passou rapidamente a Taça Fifa para as mãos do capitão Lahm (foi patético!), enviou mensagem “de conforto” aos brazucas na qual destacou que “nós, brasileiros, não levamos a taça, mas fizemos a Copa das Copas”. Falou tudo! A imprensa internacional escolheu a Copa do Brasil como a melhor da história e 83% dos estrangeiros aplaudiram a organização do torneio. Nosso povo, mesmo sofrido, com seu sorriso fácil e coração generoso, encheu as arenas e deu goleada de fair-play e hospitalidade. A Copa das Copas fez melhorar nossa imagem lá fora.
Mas… e a nossa Seleção? Coitada, mais parecia um time amador. Uma combinação catastrófica de falta de craques e de liderança, excesso de “já ganhou” e desequilíbrio emocional fez com que o mundo assistisse com perplexidade à bancarrota do nosso futebol. Faltou gingado, “garrinchisses”, “romarisses” e “pedaladas”. Perdemos a nossa identidade e já não somos mais os melhores. De resto, só as lágrimas escorrendo pela face pintada dos apaixonados torcedores brasileiros.
Um internauta resumiu o vexame mostrando que de mau humor brasileiro não morre: “Eu era mais feliz quando Bernard, Dante e William eram do vôlei; Oscar era do basquete, Luis Gustavo era ator, Jô era entrevistador, Hulk um super-herói e Fred amigo do Barney!”. Pelo menos fomos poupados de ver los hermanos campeões dentro do Maracanã. Mas, que foi a Copa mais triste para o futebol brasileiro, isso foi! Dê uma olhada:
* O Brasil se tornou o anfitrião com mais gols sofridos em copas: 18. E por ter feito apenas 11, acabou como o dono da casa com o pior saldo de gols da história das copas: – 7.
* Klose voltou para a Alemanha como o maior artilheiro dos mundiais, com 16 gols, e deixou Ronaldo Fenômeno, que balançou as redes 15 vezes, para trás.
* Julio César, que buscava se recuperar do fracasso na África do Sul, foi vazado 18 vezes e acabou como o goleiro da Seleção que mais tomou gols em copas.
* Ninguém jogou mais do que o holandês Robben, mas a Fifa deu o prêmio de craque da Copa do Brasil para o argentino Messi. Marmelada!
Pois é, mesmo que tenhamos brilhado fora de campo, fomos tão vergonhosamente mal dentro dele que até o Fuleco, tatu-bola mascote da Copa, deve ter voltado para a toca. Que possamos juntar os cacos e dar a volta por cima em 2018!