O mercado cinematográfico, nesta terceira década do século 21, está voltado em grande parte aos serviços de streaming. No Brasil e demais países da América Latina, um dos serviços mais aguardados é a HBO Max, que pertence à WarnerMedia, forte conglomerado de comunicação dos Estados Unidos, com destaque global. A estreia do serviço em nosso continente vai ocorrer no dia 29 de junho, e uma das tantas séries que poderá ser assistida na HBO Max é “Watchmen”, lançada em 2019.
“Watchmen”, a série de TV, foi criada por Damon Lindelof e se trata da sequência de uma história em quadrinhos lançada na década de 80, criada por Alan Moore e Dave Gibbons. A série de TV conta uma história que acontece em um universo ficcional, onde os super-heróis levaram os Estados Unidos a vencer a Guerra do Vietnã (em nossa realidade, os Estados Unidos perderam essa guerra).
Quem tiver interesse em assistir à série, pode esperar elementos muito interessantes em sua abordagem. A questão da diversidade está presente, por exemplo. A não-linearidade da narrativa é outro aspecto interessante. Mais um ponto que merece ser destacado é o contato profundo com a subjetividade do “outro”. Enfim, “Watchmen” é um prato cheio para quem gosta de arte e ficção, principalmente para as pessoas que apreciam a ficção como forma de refletir sobre a realidade, a nossa realidade.
A série foi elogiada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o que é um ponto muito favorável. Por refletir sobre a realidade social, por analisar a subjetividade e por se tratar de uma narração não-linear, “Watchmen” está longe de uma abordagem conservadora em termos de cinema. “Watchmen”, ao que tudo indica, pertence a um nível pós-moderno, em que se contesta a desigualdade e se conta a história pela não-linearidade que caracteriza a nossa trajetória real, de todos os dias.