A Prefeita pediu em jornal que a deixem trabalhar. Diz estar tratando há três anos da falta d’água no nosso município. Não se refere à falta de coleta e tratamento de esgotos. O palavreado no a pedido que fez é incomum. Não faltam afirmações estranhas à forma gentil da Da. Kelly se expressar. Há conotações de “jogadas para a torcida” responsabilizando os com “água tratada, água mineral, e piscinas cheias” pela má administração de assuntos públicos. Três anos e o que se enxerga nesta questão? O Edital 29/2010 foi lançado em dezembro de 2010, há treze meses. Sendo viciado foi contestado por licitante e pelos Tribunais. Há três meses foi revogado. A Agersant, criada há sete meses para ser uma agência reguladora, portanto livre de interesses políticos partidários, só neste janeiro de 2012 teve nomes indicados. Salvo o Eng. Juruena, os demais possuem graduação, mas não possuem “notório saber”!
Com o Edital revogado e a audiência pública convocada para em 1º de dezembro de 2011 discutir regras do novo Edital, pessoas e entidades apartidárias e representativas da maioria dos empregos, da produção e da renda de Santa Cruz do Sul, com interesses genuínos dos seus associados e seus trabalhadores começaram a estudar o tema posicionando-se ao lado da Prefeita, para colaborar. Em meados de dezembro foi trazido um documento que ajudei a preparar e com vários técnicos e entidades subscrevi. Iniciava recomendando estudos com vistas à municipalização dos serviços de água e esgoto e concluía com alertas sobre o Edital viciado, base do novo. Evitar vícios, questionamentos e um possível novo embate judicial (como ocorreu com a OAB) é motivação dos subscritores. Ao final, alerta-se sobre aspectos do Edital viciado que os usuários dos serviços, as empresas e entidades podem vir a questionar no novo demandando tempo para deslinde pela Agersant, pela administração e/ou pela Justiça.
No dia 25 último o Legislativo aprovou o Projeto de Lei 020/E/2012 recebido na véspera e apressadamente pautado. As entidades e pessoas presentes solicitaram aos Srs. vereadores da base governista tempo para análise, até mesmo por vereadores que não o leram. Não foram atendidas. Emendas para obrigar que a Agersant se constitua autônoma, independente e imparcial como determina a legislação federal foram solicitadas pelos presentes. Ao saberem que o Projeto de Lei seria integralmente aprovado e as emendas todas rejeitadas, buscou-se agendar uma reunião com a Prefeita.
Sem retorno sobre a contribuição na busca do bem comum e no melhor interesse republicano protocolada em 15 de dezembro de 2011 e tampouco sobre o agendamento de reunião solicitada para tratar da composição do Conselho da Agersant, ficamos desapontados.
A publicação sob forma de a pedido em jornal pode ser encarada como uma resposta às entidades e um pedido para que nos afastemos todos e deixemos nossa Prefeita Municipal dar a última palavra em temas tão delicados, com interesses particulares desconhecidos, seu direito.
Certamente, todos atenderão ao pedido da Prefeita logo após a cabal e inequívoca percepção de que o bem comum está sendo respeitado e preservado acima de quaisquer interesses partidários, empresariais e particulares dos ocupantes atuais de cargos eletivos passageiros. Santa Cruz do Sul e seu povo trabalhador continuarão, apesar dos pesares.
Por último, solicitamos que não subestimem a nossa inteligência…
*Contador