A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu hoje, 15 de janeiro, a distribuição e comercialização em todo o território nacional do cosmético gel antisséptico Premisse, fabricado pela empresa Proline Indústria e Comércio Ltda. A restrição é para os lotes 000564, com validade até março de 2016, e 000585, válido até abril do ano que vem.
De acordo com a Anvisa, laudos de análise fiscal, emitidos pela Diretoria do Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal, apresentaram resultados insatisfatórios nos ensaios de rotulagem primária e teor de álcool etílico do produto. A suspensão foi determinada porque a empresa responsável pelo cosmético não apresentou recurso solicitando perícia de contraprova.
Em resolução publicada hoje no Diário Oficial da União, a Anvisa determina ainda que a empresa recolha todo o estoque existente no mercado relativo aos lotes do produto descrito.
Procurada pela Agência Brasil, a empresa Proline Indústria e Comércio Ltda informou que houve um “mal entendido” em relação à composição do produto e as informações contidas no rótulo e que já foram feitas as correções solicitadas pela Anvisa.
De acordo com o gerente da empresa, Cassiano Oliveira, o laboratório que fez as análises do produto considerou o gel antisséptico como álcool etílico hidratado, que precisa ter na fórmula 70% de álcool. Mas como o produto é indicado para assepsia das mãos, o percentual de álcool pode variar entre 62% e 70%. Nos lotes que tiveram a comercialização suspensa, disse o gerente, havia a informação no rótulo de que o produto tinha a concentração de 70% de álcool, diferentemente do que havia na fórmula.
Oliveira ressaltou que nos lotes subsequentes a informação do rótulo foi corrigida e que os consumidores que eventualmente adquiriam o produto dos lotes suspensos não foram lesados porque o percentual de álcool na fórmula está de acordo com o estabelecido para a limpeza das mãos.