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Amigos do Cinema: Três irmãos e um dilema existencial

LUANA CIECELSKI
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Um enredo simples, mas intensamente reflexivo. Essa é a proposta do filme Três Irmãos, do reconhecidíssimo diretor Francesco Rosi, falecido em 2015. Lançado em 1981, na Itália, o longa metragem tem 110 minutos de duração e será a exibição dessa terça-feira, 10 de abril, na sessão da Associação Amigos do Cinema de Santa Cruz. O encontro iniciará as 20 horas na sede do Sindibancários. 

Os três irmãos precisam lidar com o velório e também com questões do passado que veem à tona durante o reencontro

A história começa com uma perda. A mãe dos três irmãos do título morre e eles, que não se viam há muito tempo se veem juntos outra vez. Cada um tem sua história, seus desejos, demônios e insucessos e buscava ganhar a vida de uma forma diferente. Raffaele (Philippe Noiret) é um juiz e vive em Roma, Rocco (Vittorio Mezzogiorno) é conselheiro de menores infratores em Nápoles e Nicola (Michele Placido) é operário em Turim. Agora, porém, todos eles estão novamente no sítio da família em uma zona rural do Sul da Itália. 

E então eles precisam lidar com o velório da mãe. Mas não apenas com isso. De repente eles se veem confrontando também o passado. Quando eles menos esperam, dramas antigos se reascendem e o sentimental, o subjetivo vem à tona. Eles precisam reavaliar o que viveram até então, sua existência, seus posicionamentos, incorreções, omissões, temores e aspirações. 

É possível acompanhar então o lamento de cada um dos três. Relacionado à perda da mãe, claro. Mas também às percepções que esse encontro desencadeia na mente de cada um. Individualmente eles percebem o que se perdeu, o que passou, o que poderia ter sido e não foi, o que não será nunca mais. E juntos eles precisam pensar no futuro. 

A sessão é gratuita e aberta ao público. Após a exibição, os presentes poderão participar de um bate-papo/debate a respeito do filme.