Ricardo Gais
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A decisão da Justiça que concedia recursos para o tratamento da pequena Júlia Cardoso Torres, a Juju, foi comemorada por todos que torcem pela vida da menina, porém, em menos de 24 horas, a família recebeu a informação de que a União entrou com recurso contrário à decisão judicial. O comunicado foi feito através da página oficial da campanha “Ame Juju RS
O valor conseguido na Justiça através da decisão proferida pelo Juiz Federal Eduardo Vandré Oliveira Lema Garcia, da primeira vara federal de Santa Cruz do Sul, custearia o tratamento da Juju, diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal (AME tipo 1). O tratamento atualmente possui valor elevado de R$ 9 milhões, e até então, só poderia ser realizado nos Estados Unidos. Conforme Silviane Bica Cardoso, mãe da Juju, o valor teria que ser liberado em até 20 dias.
Durante transmissão ao vivo no facebook na semana passada, quando Silviane divulgou detalhes sobre como seriam realizados os próximos passos para o tratamento, ela salientou que o Ministério Público poderia recorrer da decisão. “É uma decisão na primeira vara e que pode ainda levar o Ministério Público a recorrer”, disse. Foi o que aconteceu um dia após o anúncio.
Conforme Raquel Viçosa, advogada da campanha Ame Juju RS e vice-presidente da Associação Ame Juju RS, é comum a União recorrer sempre em uma decisão que ela perde. “Como o juiz condenou a União a pagar o tratamento da Juju, eles (União) entraram com recursos, mas não significa que a gente já perdeu, é uma fase e precisamos aguardar para ver o que irá ocorrer nos próximos dias”, salientou. O recurso está tramitando no Tribunal Regional Federal (TRF) de Porto Alegre. A decisão que obrigava União a pagar o tratamento para a Juju foi tomada em primeira instância, sendo a primeira no país, neste sentido.
O advogado Sandro Wiedenhoft, que está cuidando do processo, disse que foi aberto um prazo de 15 dias para a família preparar a contestação e apresentar a defesa, “após apresentar a defesa, ocorrerá a primeira sessão do julgamento, que será marcada pelo TRF-4, provavelmente em sessão virtual, devido à pandemia. No momento, estamos montando a defesa contra o agravo”, explicou.
Em reunião entre os pais da Juju com o advogado Sandro Wiedenhoft e as advogadas da campanha Giane Rossi e Raquel Viçosa, foi decidido que a campanha irá continuar. “Não podemos parar, já que não sabemos ao certo quanto tempo pode demorar a decisão para ser apreciada no tribunal, por isso vamos continuar”, disse Raquel.
Raquel ainda afirmou que a Associação Ame Juju RS vai angariar recursos para ajudar outras famílias caso necessitem realizar algum tratamento para seus filhos. “Muitas pessoas enfrentam a burocracia para arrecadar o valor para o tratamento e muitas vezes acabam desistindo e com a Associação queremos ajudar essas famílias”, frisa.
Para que o remédio Zolgensma tenha o efeito esperado no tratamento, o medicamento deve ser aplicado até os dois anos de idade. Na semana passada Juju completou 1 ano e 5 meses, restando um prazo de sete meses para arrecadar o valor. Atualmente a campanha conta com R$ 2,3 milhões.
O valor arrecadado até o momento – caso a Juju receba o tratamento do governo em definitivo e não necessite do valor da campanha – será destinado para ajudar outras famílias que têm filhos com doenças raras com acompanhamento do Ministério Público.
COMO DOAR
As campanhas continuam e para saber como ajudar a Juju acesse o site amejuju.com.br ou perfil oficial no Facebook Ame Juju RS ou pelas contas bancárias:
Cartões de débito ou crédito
Associação Ame JUJURS
Pag Seguro – https://bit.ly/doar-juju-pagseguro
Paypal – https://bit.ly/doar-juju-paypal-internacional
Contas bancárias
Júlia Cardoso Torres
CPF 061.584.160-02
- Banrisul
Agência 0340
Conta 35.235330.0-5 - Banco do Brasil
Agência 0180-5
Conta 112233-9 - UniCred
Agência 1161
Conta 134540-0 - Caixa
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Conta 152152-7
Conta Poupança - Vakinha Online
ID 793352