Ana Souza
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Amanhã, dia 20 de junho, comemora-se o Dia do Vigilante. Em 1983 os profissionais ganharam qualificação com a promulgação da lei nº 7.102 que regulamentou a segurança privada. A partir desta conquista, todos os vigilantes comemoram a data no Brasil. Sendo uma das profissões mais antigas do mundo, a classe passou, através deste reconhecimento, a ser mais valorizada.
No Brasil o vigilante é um profissional que faz a segurança privada e vigilância de patrimônios e de pessoas, em estabelecimentos públicos e privados, essa segurança se dá por meio de empresas de vigilância e segurança autorizadas a funcionar pelo Departamento de Polícia Federal do Brasil (Portaria número 387/2006 – DG/DPF, de 28 de agosto de 2006). Os vigilantes são essenciais para o desenvolvimento da sociedade. Além de cuidarem da segurança de patrimônios, eles também zelam pela segurança das pessoas.
Valmor Kühl, presidente em exercício do Sindicato dos Vigilantes e Paulo Borges, secretário de finanças do Sindicato, falam sobre a importância dos profissionais. “Trabalho há 25 anos como vigilante. Há seis anos estou no Sindicato. Desde que iniciei, aconteceram muitas mudanças. Os vigilantes enfrentam muitos riscos durante o exercício de sua profissão e não há respeito à base salarial da categoria. Os profissionais deveriam ser mais valorizados. A data serve para valorizar os profissionais e unir forças para chegarmos aos nossos objetivos”, diz Borges.
O presidente em exercício Valmor, é um dos sócios-fundadores do Sindicato. Há 19 anos exerce a profissão de vigilante e também está há 6 anos no Sindicato. “Nosso primeiro endereço foi junto ao Sindicato dos Metalúrgicos. Meu trabalho no ramo de vigilância iniciou em 2 de agosto de 1993. Como presidente em exercício, seguirei a mesma linha do grupo. Aumenta mais ainda a responsabilidade, temos um grupo homogêneo em prol da luta pelos trabalhadores.”
Ana Souza
Valmor Kühl e Paulo Borges fazem parte da diretoria do Sindicato dos Vigilantes
CURSOS
Para exercer o cargo de vigilante, o profissional passa por cursos de preparação. Após a formação recebe a Carteira Nacional de Vigilante, expedida pela Polícia Federal. Durante o curso são ministrados diversos conhecimentos, entre estes, legislação, primeiros socorros, defesa pessoal, armamento e tiro, gerenciamento de crise e outros. Os alunos têm que ter uma média para aprovação. Idade mínima de 21 anos. De dois em dois anos os formados passam pela reciclagem que exige os mesmos processos que o curso.
O SINDICATO
Em 1994 surgiu em Santa Cruz do Sul o Sindicato dos Vigilantes de Santa Cruz do Sul e Região, filiado à Central Sindical e Popular (CSP) e Conlutas. Borges lembra o início da caminhada. “Em 2006 assumimos a diretoria. Encontramos o Sindicato bastante fragmentado, não havia confiança na entidade. Hoje a classe está mais unida e atendemos todos os trabalhadores vigilantes, sem distinção. Eles são nosso carro-chefe, nosso alicerce.”
Atualmente Santa Cruz do Sul conta com cerca de 800 vigilantes e auxiliares, estes associados ao Sindicato que está sempre em busca da união da classe, sendo esta uma de suas bandeiras. A diretoria finalizou parabenizando os vigilantes pelo 20 de junho.
O Sindicato está instalado na Rua Capitão Fernando Tatsch, 424, 2º piso, sala 6. Atende pelos telefones 3056-3243 ou 9622-6457. Os associados contam com diversos serviços, entre estes departamento jurídico, convênio médico e odontológico. Além destes realiza eventos de integração entre seus associados, como exemplo o Torneio de Futebol Sete realizado no dia 19 de maio e que reuniu oito equipes e sagrou campeã o time da Epavi. Foi um momento de descontração, entretenimento e confraternização entre os trabalhadores e suas famílias.
Fotos: Sindicato dos Vigilantes
Luta pela manutenção da água como bem público foi uma das mobilizações da classe
Torneio de Futebol Sete: um dos momentos de integração dos vigilantes