A tempestade subtropical se intensifica e avança em direção ao Rio Grande do Sul exigindo atenção. Até o fechamento desta edição do Riovale, a Defesa Civil previa que a tempestade atingiria o Estado entre as 20 horas de ontem e a madrugada de hoje. Os maiores riscos deste evento ocorrem em relação às intensas rajadas de vento sobre todo o território gaúcho, especialmente nas áreas da faixa litorânea, Região Metropolitana de Porto Alegre e Serra, onde as velocidades poderiam variar entre 80 km/h e 110 km/h.
“A projeção é de que o período de maior incidência ocorra a partir das 20 horas. Os ventos irão se intensificar na madrugada, com a temperatura baixando. Temos previsões de neve para a serra e de temperaturas bem baixas no Estado. A partir da madrugada, os ventos se intensificam, principalmente no litoral”, afirma o coordenador estadual da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, coronel Júlio César Rocha Lopes.
Em um primeiro momento, a tempestade foi classificada como extratropical, pois se formou em uma região fria e costuma ocorrer no Estado. No entanto, após se deslocar para uma área aquecida, a intempérie encontrou condições para se intensificar, alterando sua classificação para subtropical. Ao longo do dia, a tempestade se aproxima ainda mais do continente, a partir do extremo sul, e avança pela costa. A projeção da Defesa Civil é de que, a partir de hoje, a tempestade já se afaste do Estado, com a diminuição gradual dos ventos. No entanto, o mar vai continuar agitado.
Como os maiores riscos estão relacionados a rajadas de vento intensas, a Defesa Civil alerta para a possibilidade de transtornos como queda de árvores, postes de energia elétrica e destelhamentos – todos merecem atenção. Além disso, a previsão é de que o mar fique bastante agitado na faixa litorânea, com possibilidade de ressaca e a formação de ondas de até 4 metros.
Serviço de alertas e contato com Defesa Civil e Corpo de Bombeiros
• A população deve ficar atenta às comunicações das autoridades
e aos alertas da Defesa Civil.
• Para receber os alertas da
Defesa Civil, recomenda-se
fazer um cadastro enviando
um SMS para o número 40199.
• A Defesa Civil pode ser
contatada por meio do telefone
199, enquanto o Corpo de Bombeiros através do 193.
Como agir em situações como essa de ventos fortes e tempestade
• Conferir as condições de telhado, janelas e portas da residência.
• Manter as entradas (portas, janelas e vãos) da
residência bem fechadas e protegidas.
• Não se abrigar embaixo de árvores, postes, placas de sinalização e de outdoors, pois com o vento podem cair.
• Se um fio elétrico cair no chão, contate a companhia elétrica da região. Não mexa nos fios elétricos, pode haver risco de eletrocussão.
• Retirar os equipamentos eletrônicos das tomadas, para evitar que, em caso de falhas ou descargas de energia, queimem.
• Fechar o registro da mangueira do botijão de gás,
evitando vazamentos se ele for atingido.
Santa Cruz do Sul continua em prontidão
A Defesa Civil de Santa Cruz do Sul monitora, desde a última sexta-feira, 13, as condições climáticas na região, devido ao alerta de tempestade emitido para o Rio Grande do Sul. O coordenador do órgão, Anderson Matos Teixeira, observou que os dados indicavam que o município não seria tão severamente atingido pelo evento climático. A emissão de alerta da Defesa Civil do RS é para o litoral e a faixa leste do Estado, o que inclui Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana e da Zona Sul. Por isso, não há determinação de fechamento dos serviços públicos nem de suspensão das aulas.
Entretanto, a queda de temperatura é considerada certa e não se descarta a possibilidade de rajadas de vento mais fortes e isoladas, com risco de queda de árvores e destelhamentos. Por isso, a Defesa Civil Municipal encontra-se em sobreaviso para o atendimento de qualquer incidente. O órgão é subordinado à Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3717-3473.
Inmet acompanha evolução de ciclone Yakecan
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que a situação do clima na Região Sul do Brasil pode se agravar caso haja a evolução do ciclone subtropical que se formou na noite de segunda-feira, 16, em uma tempestade chamada Yakecan. Segundo o Inmet, a onda de frio continuará atuando no Centro-sul do Brasil nos próximos dias. Na madrugada de ontem, houve formação de geada em grande parte do Paraná, incluindo a capital Curitiba e a região metropolitana, além do sul do Mato Grosso do Sul e de São Paulo.
As temperaturas registram quedas mais acentuadas em áreas das regiões Centro-Oeste e Sudeste, mas podem atingir o sul da Amazônica, “configurando o segundo episódio de friagem neste mês de maio”, informou o instituto. Para hoje, permanece previsão de ventos fortes no leste e litoral gaúchos, e litoral sul de Santa Catarina com rajadas acima de 110 km/h. “No final do dia, os ventos tendem a diminuir de intensidade”, acrescentou o Inmet.
Há previsão também de formação de geada no centro-norte do Paraná; em São Paulo, especialmente na Serra da Mantiqueira e Vale do Paraíba; no triângulo e centro-sul de Minas Gerais; no Mato Grosso do Sul e no sul de Goiás. “Estas condições persistem, pelo menos, até o final de semana, quando volta a ter condições de geada no Sul do País. Segue a condição de neve até quarta, 18, nas serras gaúcha e catarinense e sul do Paraná”, completou.