Na sessão da Câmara de Santa Cruz do Sul desta segunda-feira, 31, o vereador Alberto João Heck (PT) ocupou a tribuna para dizer que não desejou a morte de ninguém, pelo contrário, defende a vida e a democracia. Que pronunciou uma frase infeliz, mas estava ironizando quando discursou no ato “Fora Bolsonaro e Por Vacina”, no último sábado.
Alberto Heck ressaltou que entende a indignação dos vereadores que se manifestaram, mas citou que a grandeza de um homem não se mede só pelos seus feitos, um homem que não tem humildade não tem grandeza. O vereador afirmou que seus 30 anos de vida pública lhe dão o direito de fazer sua defesa, que sempre defendeu a vida, o respeito e a democracia. “No ato, inclusive, quando muitos pediam o impeachment já do presidente, eu defendi que deveríamos derrotá-lo nas urnas”.
“Dentro de uma fala de cinco minutos, fiz, reconheço uma frase infeliz no calor da comoção do momento, por ter um pouco antes do meu discurso, a notícia da morte por Covid-19 de mais um amigo e hoje, também, tive conhecimento de mais uma vítima, uma pessoa próxima”.
Heck salientou que aceita a crítica e a cobrança de todos aqueles que defendem a vida. “O que não posso admitir é que algumas pessoas, de forma demagógica e hipócrita, usem minha fala para se promoverem”. “Eu não aceito as críticas de quem reproduz os discursos do Gabinete do Ódio e de quem defende a morte”, continuou. Mas, segundo ele, vem sendo atacado de forma desproporcional por seus adversários.
Por fim, o vereador petista disse que não irá fazer disputa de narrativa. “Querem com o recorte de uma frase infeliz esconder a responsabilidade da denúncia por milhares de mortes que estão ocorrendo neste país”.