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Ainda dá tempo de fazer a vacina contra pólio

Cerca de 72% do público-alvo já foi atingido em Santa Cruz

Ricardo Gais
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Público-alvo de vacinação contra a pólio são crianças de 1 a 4 anos. – Foto: Divulgação/Governo do Estado

Devido à baixa procura pela vacinação contra a poliomielite, a Secretaria da Saúde (SES) prorrogou a campanha e a Multivacinação até o dia 21 de novembro. O Estado também escolheu a data para a realização do segundo Dia D de mobilização, um sábado em que os postos de saúde e as casas de vacina ficarão excepcionalmente abertos para estimular e facilitar às famílias o acesso à imunização contra a pólio. Em Santa Cruz do Sul a data ainda está em definição.

De acordo com o coordenador do Setor de Imunizações da Secretaria Municipal de Saúde, Róger Rodrigues Peres, a meta vacinal, assim como no País, é de 95%. “Santa Cruz atualmente atingiu pouco mais de 72% de imunização no público-alvo”, disse.

Para a campanha de vacinação contra a pólio, o público-alvo são crianças de um a quatro anos. Já a Multivacinação para atualização da caderneta de vacinação é de crianças e adolescentes até 15 anos. “O foco é para esse público, mas pessoas de todas as idades podem procurar as unidades de saúde para ter sua situação avaliada e atualizada conforme a necessidade”, explica Róger.

O Município vem adotando estratégias para alcançar a meta da vacinação, através dos agentes comunitários de saúde. Róger pontua que ocorreu uma melhora na procura pela imunização na última semana, “ainda está aquém do que gostaríamos, por isso, mantenho o convite para aqueles que ainda não foram nas suas UBS referência, que compareçam para terem sua situação avaliada”. A dose da vacina está disponível o ano inteiro, em qualquer posto de saúde e no Serviço Integrado de Saúde da Unisc.

Esquema vacinal

O esquema vacinal de poliomielite é composto, atualmente, por duas vacinas: a injetável aplicada em três doses aos dois, quatro e seis meses de vida da criança, e a vacina oral, aplicada aos 15 meses e aos quatro anos. Nesta campanha, todas as crianças dessa faixa etária terão a avaliação de sua situação vacinal para poliomielite. As maiores de um ano, que estiverem com seus esquemas vacinais em dia, receberão uma dose da vacina oral, a chamada dose D (indiscriminada). Para as crianças que estiverem com seus esquemas de vacinação de poliomielite em atraso, haverá a atualização.

A Campanha de Multivacinação, por sua vez, tem o intuito de atualizar a situação vacinal da população até 15 anos de idade, de acordo com as indicações do Calendário Nacional de Vacinação. O objetivo é, além de aumentar as coberturas vacinais, diminuir ou controlar a incidência de doenças imunopreveníveis. Por ser uma estratégia de atualização de esquemas em atraso, não se trabalha com metas. A avaliação será realizada a partir das doses aplicadas e registradas nos sistemas de informação no período.

O que é poliomielite

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode levar a paralisias musculares, em geral nos membros inferiores, ou até mesmo à morte. A vacinação é a única forma de prevenção.

A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária são fatores que favorecem a transmissão do poliovírus, por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes.

Não existe tratamento específico para a poliomielite, todas as pessoas contaminadas devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas de acordo com o quadro clínico. Entre os sintomas mais frequentes estão febre, dor de cabeça e no corpo, vômitos, espasmos e rigidez na nuca. Na forma paralítica ocorre a súbita deficiência motora, acompanhada de febre, flacidez e assimetria muscular e persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.