Dom Canísio Klaus*
No dia 1° de dezembro comemoramos o Dia Mundial de Luta contra a AIDS. É o dia em que as mais diversas organizações se unem para chamar a atenção da sociedade para a problemática da AIDS, convidando as pessoas a se darem as mãos na luta contra a epidemia que mata milhares de pessoas por ano. Em 2012, a campanha tem por tema “É melhor saber! Faça o teste do HIV”.
Entre as organizações promotoras da campanha contra a AIDS está a Igreja Católica, através da Pastoral da AIDS. O princípio é que “todos somos vulneráveis à AIDS”, que “é causada pelo HIV, vírus que se transmite por relações sexuais desprotegidas com pessoas infectadas, uso compartilhado de agulhas e seringas contaminadas e da mãe infectada para o bebê, durante a gestação, no parto e na amamentação”. Em seu chamamento, a Pastoral da AIDS diz que “a epidemia da AIDS continua avançando e atingindo a todos. Junto com a infecção, o vírus ainda provoca sofrimento, angústia e mortes. Você pode impedir que a Aids continue aumentando”.
A campanha para o Dia de Luta contra a Aids de 2012 afirma que “Aids tem tratamento, mas é melhor prevenir, porque ainda não tem cura”. Por isso, “se você tem dúvida se contraiu o HIV, mesmo sem ter sintomas da doença, faça o teste. Quanto mais cedo souber, melhor”. Se o teste for positivo, não é preciso se desesperar, porque “o tratamento médico ajuda a evitar outras doenças, facilita o tratamento e impede a transmissão”. Se o teste der negativo, “melhor ainda! Você continuará se cuidando e se prevenindo”.
Como bispo diocesano, convido os fiéis a três atitudes em sintonia com uma das quatro prioridades da nossa ação pastoral, que é o cuidado com a vida.
Em primeiro lugar, faço um apelo a todos, homens e mulheres, a que se previnam contra o HIV. Não vamos nos expor a riscos, porque a “Aids existe, e todos somos vulneráveis”.
Em segundo lugar quero motivar as pessoas a que façam o teste do HIV. É um teste gratuito. Procurem o posto de saúde e se informem sobre o modo de proceder.
Em terceiro lugar, vamos acolher as pessoas infectadas com o vírus do HIV. Não vamos marginalizá-las e nem excluí-las do convívio de nossas rodas sociais. Ninguém pega Aids com aperto de mão, pelo uso dos mesmos talheres e nem por sentar ao lado de uma pessoa infectada. Vamos ajudar as pessoas infectadas a que façam o tratamento adequado e que continuem a ocupar o seu lugar em nossas comunidades.
Que o Dia Mundial de Luta contra a Aids faça crescer em nós o compromisso de defendermos a vida e nos solidarizarmos com o sofrimento. Que nos ajude a nos libertarmos do preconceito e sermos acolhedores e misericordiosos. “Todos somos vulneráveis”.
*Bispo Diocesano