Foi aberto oficialmente nesta segunda-feira, 23 de outubro, o Agro-Phyto 2017, do Centro de Cooperação para Estudos Científicos em Tabaco (CORESTA), com a participação de cerca de 250 pessoas, no auditório central da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Técnicos, engenheiros agrônomos, fitopatologistas, geneticistas, pesquisadores, professores universitários e profissionais ligados ao setor participam das atividades que vão até quinta-feira, 26.
A produção de tabaco no Brasil foi tema da apresentação de abertura do evento, proferida pelo presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), anfitrião do evento no Brasil, Iro Schünke. Ele discorreu sobre os principais números e programas sociais e ambientais do setor, bem como sobre os desafios.
“Somos pioneiros em muitas ações relacionadas à saúde e segurança do produtor, logística reversa, preservação do meio ambiente e proteção da criança e do adolescente, área em que é considerado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) um exemplo. O setor do tabaco também é pioneiro no sistema de integração – que completa 100 anos em 2018 – e tem servido de modelo para outras culturas do agronegócio”, afirma Schünke.
Na sequência, o superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no Rio Grande do Sul, Bernardo Todeschini, falou sobre o agronegócio brasileiro e o tabaco inserido nesse contexto. “O Brasil é referência em produção e exportação de muitos setores do agronegócio e o número de destinos demonstra a qualidade de nossos produtos, caso, do açúcar, café, suco de laranja, soja, carne, milho e, claro, tabaco”, lista.
Segundo Todeschini, o tabaco se destaca por sua cadeia produtiva organizada e também pelo fato de que mesmo detendo pouca área, os produtores conseguem ter um bom nível de vida e estão atentos a questões ligadas à responsabilidade social e ambiental. “Atualmente, 20,5% das áreas das propriedades rurais brasileiras são preservadas, sendo 11% de mata nativa. É impressionante que no caso do tabaco esse percentual é ainda maior, praticamente o dobro, o que significa que o setor está fazendo um bom trabalho”, exemplifica Todeschini.
Ainda durante a manhã foram apresentados os resultados do Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, que nesta segunda-feira completou 17 anos de atividades. Carlos Sehn, coordenador do programa liderado pelo SindiTabaco, apontou ainda os objetivos e o destino das embalagens de agrotóxicos. “O programa tem sido um sucesso no sentido de retirar as embalagens vazias do campo e tem tido uma boa aderência por parte do produtor de tabaco. Das 14,8 milhões de embalagens que recolhemos nesses 17 anos de programa, estimamos que mais de 30% tenham sido utilizadas em outras culturas”, afirma Sehn.
A programação seguiu com 14 apresentações relacionadas às boas práticas agrícolas, componentes específicos do tabaco e biotecnologia, apresentadas por pesquisadores brasileiros, chineses, franceses, italianos, japoneses e norte-americanos. Ao todo serão 72 trabalhos, sendo 60 apresentações orais e 12 no formato de pôster.
De cunho científico, estão relacionados às áreas de agronomia e fitopatologia, abordando experimentos sobre produção de sementes, mudas, fertilização, tratos culturais, cura e armazenamento do tabaco, controle de pragas e doenças, redução e substituição de agrotóxicos, além da produção sustentável do tabaco.
AGENDA
Na terça-feira, 24 de outubro, o estudo “Avaliação da solarização como ferramenta para o manejo integrado de pragas” será apresentado por Irving Berger, que estará representando a comissão de trabalho do SindiTabaco pela qual o projeto foi conduzido. Na quarta-feira, Iro Schünke apresenta a nova fórmula para combater o trabalho infantil e incentivar a gestão das pequenas propriedades por meio do pioneiro Instituto Crescer Legal, iniciativa do setor do tabaco e que já tem trazidos grandes resultados na área social.
Ao todo serão 72 trabalhos, sendo 60 apresentações orais e 12 no formato de pôster. De cunho científico, estão relacionados às áreas de agronomia e fitopatologia, abordando experimentos sobre produção de sementes, mudas, fertilização, tratos culturais, cura e armazenamento do tabaco, controle de pragas e doenças, redução e substituição de agrotóxicos, além da produção sustentável do tabaco.
PROGRAMAÇÃO
24 de outubro
Apresentação de trabalhos sobre práticas de produção, cruzamentos moleculares e nutrientes.
25 de outubro
Apresentação de workshops sobre produção sustentável de tabaco. Na parte da tarde está programada visita a três propriedades produtoras de tabaco da região.
26 de outubro
Apresentação de trabalhos sobre cruzamentos, agentes de proteção da lavoura e controle biológico.
APOIADORES
O evento conta com o apoio das seguintes empresas: Souza Cruz, JTI, Philip Morris Brasil, SQM, Profigen do Brasil, Tecon Rio Grande, Bayer, FMC, Syngenta, Yara Brasil Fertilizantes, Unifertil e Carolina Soil do Brasil.
PAÍSES PARTICIPANTES
África do Sul, Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Chile, China, Croácia, Cuba, Emirados Árabes, Estados Unidos, Filipinas, França, Grécia, Índia, Itália, Japão, Malaui, Paraguai, Reino Unido, Suíça e Zimbábue.