O Grêmio passou pelo Bahia do Falcão, que aliás não tem nada demais, e está praticamente a quatro jogos de mais um título da Copa do Brasil. Agora vem o Campeonato Brasileiro e a estreia é contra o Vasco no Rio de Janeiro e para minha surpresa leio nos jornais que estão pensando em poupar alguns titulares. Pode isso? Se a classificação na Copa do Brasil está praticamente assegurada, o jogo de volta é quinta-feira, seria muita falta de estratégia entrar no Brasileirão com reservas, arriscando até levar uma goleada. Enquanto isso o Inter está dando um jeito de ficar com o Sandro Silva, titular importante para o Brasileirão. Deixou Tinga que tinha um alto salário sair para o Cruzeiro para poder cobrir propostas pelo volante que foi revelação do time neste começo de temporada. O Inter estreia contra o Coritiba domingo às 16h no Beira-Rio num típico jogo chato, daqueles de perder pontos bobos, como aliás já aconteceu em temporadas passadas. Vamos nos preparar para o longo Brasileirão que vai até dezembro e termina com um Gre-Nal na despedida do Olímpico, já pensaram?
Justa reivindicação
Dorival Júnior, técnico do Internacional, me chamou para uma conversa franca na festa dos melhores do Gauchão. Educado como sempre, fala mansa, sugeriu uma campanha conjunta: imprensa e profissionais do futebol. O objetivo: vermos o lado positivo das coisas e darmos menos importâncias às pequenas coisas negativas. Em suma, o técnico colorado quer paz para trabalhar. E tem toda a razão. A imprensa gaúcha é exigente, famosa por ser a mais exigente do país. Queremos resultados para ontem, e não admitimos tropeços, independente de época, situação, clube…Dorival Júnior lembra que um técnico de futebol ao ser mandado embora recebe uma boa indenização e em seguida passa a receber um novo salário em outro clube. Não é esse o problema portanto, pelo contrário. Mas eles querem paz para trabalhar, tranquilidade, assim como nós profissionais da imprensa também gostamos de ter. Por exemplo: quantos de nós já afirmávamos que em caso de perda do título para o Caxias o Dorival seria demitido? E será que seria? Não o Dorival, mas eu, Paulo Brito, lembro das nossas broncas com Celso Roth, Muricy Ramalho quando passou por aqui, foi taxado de mau-humorado, Dunga, até o Claudião, maior contador de piadas que conheço, e o Falcão que trabalhava com a gente, entre tantos outros… Eles chegam a fazer promessa de bom relacionamento com a imprensa e no máximo um mês depois já passam a mudar o comportamento. Sei que técnico que quer tranquilidade total deve mudar de emprego como já me lembraram alguns colegas já agora de manhã, mas Dorival Júnior não quer perder a postura, ou mudar a maneira de ser, sempre tranquila, e por isso me chamou para a conversa propondo um debate. Achei boa ideia, correta e claro, justa. Vou me colocar a pensar nas vezes que eu fui impaciente, talvez injusto com os profissionais do futebol.
Reclamação
Levei uma bronca da minha irmã Valderez Beckenkamp esta semana, que eu não estava mais colocando coisas minhas aqui na coluna do Riovale onde muita gente, inclusive ela, fica sabendo o que eu ando fazendo fora da tv. Pois bem, aqui estou para dizer que com o fim do Campeonato Gaúcho começa o nosso período de folgas até dezembro. Trabalha um fim de semana, folga o outro todo. Neste sábado faço o Jornal do Almoço e o Globo Esporte, e amanhã narraria Inter e Coritiba para o interior do estado, mas o colega Gustavo Manhago vai narrar pra mim. Preciso descansar num domingo, o que não faço desde o meio de janeiro. Estou trabalhando muito no dia a dia, e agora tem a coluna no globoesporte.com/feito que precisa ser escrita uma ou duas vezes por dia, e além disso preciso ler as dezenas de comentários que mandam os torcedores para publicar ou não. Então, vamos nessa e sigam me acompanhando aqui no Riovale. Satisfeita, Dona Valderez?