Impressionante no mundo de hoje é imaginar que possamos viver em igualdade, sem distinções. A igualdade no meio da diversidade é algo praticamente impossível. Temos as mais diferentes habilidades que nos levam a exercer profissões e caminhos diferentes durante o percurso de nossas vidas, o que nos tornam seres únicos. Então como querer que sejamos iguais, num mundo preconizado pelas diferenças?
Eis que a vida nos reserva surpresas incríveis, difíceis de entender e, mais ainda, difíceis de aceitar. Olhem o que estamos passando com essa pandemia, que muitos teimam em desdenhar, achar que é apenas uma “gripezinha”. Em 24h o Brasil registrou 204 mortes!! São 8,5 mortes por hora… isso está longe de ser algo comum, que não mereça uma atenção diferenciada. E não apenas no Brasil que a situação é extremamente preocupante, é só observar o que aconteceu e o que está acontecendo no mundo todo, principalmente naqueles países que negligenciaram a Covid-19, tendo que voltar atrás em seus procedimentos e pagando um preço muito alto com suas erradas decisões.
Claro que a economia é um fator preponderante em qualquer nação, pois precisamos do tão falado dinheiro até para comer. As pessoas precisam trabalhar para o sustento de suas famílias e o mundo não pode parar. Mas a economia pode ser refeita, uma conta pode atrasar, um compromisso posso renegociar, mas até hoje, uma vida não pode ser ressuscitada. Se a economia precisa de pessoas para movimentá-la, como existir economia sem a presença das pessoas? Claro que nem todos vão morrer, mas para cada um de nós o importante é que não morram os que nos são caros e estão ao nosso redor. A gente sempre acha que as coisas só acontecem com os outros, com as outras famílias, até que possa chegar até nós…
Para uma reflexão, tomo emprestado de um amigo, um pequeno texto: “Éramos todos humanos, mas a religião nos separou, a política nos dividiu, o dinheiro nos classificou, até que um vírus nos igualou”.