O Brasileirão chega aos momentos decisivos. Faltam seis rodadas para acabar o campeonato. A dupla Gre-Nal joga neste sábado. O Grêmio, oitavo colocado, está a um ponto do G6. Já o Inter, décimo-quinto, encontra-se dois pontos acima da zona do rebaixamento. O Colorado hoje tem 37 pontos e, conforme a classificação atual do campeonato, precisaria somar mais sete pontos e chegar a 44 unidades, salvando-se do rebaixamento. Esta é apenas uma estimativa, mas é praticamente certo que, com 45 pontos, o rebaixamento será evitado. Assim, o Inter precisaria somar oito pontos até o fim do Brasileirão. Para não deixar qualquer dúvida, o “negócio” ideal seria vencer três jogos dos seis restantes, chegando a 46 pontos. O Inter tem três jogos em casa ainda pelo Brasileirão… Vencendo essas três partidas, adeus ao rebaixamento. Confira os jogos da dupla neste sábado:
Inter x Santa Cruz (PE) – 18h30 (Beira-Rio)
Figueirense x Grêmio – 19h30 (Florianópolis)
Um dos maiores nomes do futebol
O Brasil já foi chamado pelos argentinos como “a terra dos laterais”. Claro que, em termos futebolísticos, nosso país representa muitíssimo mais do que essa percepção “portenha”. Entretanto, o Brasil, indiscutivelmente, já revelou vários laterais excepcionais. Pelo lado direito, houve grandes nomes como Djalma Santos, Zé Maria, Nelinho, Leandro, Jorginho, Cafu e, atualmente, Daniel Alves. O maior representante dessa tradição, Carlos Alberto Torres, faleceu nesta semana aos 72 anos, vítima de um enfarte. Levantou a Taça Jules Rimet em 1970, gesto que marcou o tricampeonato mundial da Seleção. O grande capitão da extraordinária equipe que tinha Pelé, Tostão e Rivellino fez o quarto gol na final que o Brasil venceu por 4 a 1 contra a Itália, realizada na capital mexicana.
Como alguém que acompanha futebol, tenho minhas lembranças sobre Carlos Alberto. Uma das mais significativas foi sua passagem como treinador do Botafogo, em 1993. Com um time bastante limitado, que ia muito mal no Brasileirão, o “capita” levou o Botafogo à decisão da Copa Conmebol, um torneio semelhante à atual Copa Sul-Americana. Na grande final, disputada no Maracanã, o Peñarol do Uruguai saiu vencendo por 1 a 0, mas o Fogão virou para 2 a 1. Tudo se encaminhava para o título do Botafogo quando o Peñarol, no finalzinho do jogo, empatou a partida e levou a decisão aos pênaltis. E, nas penalidades, deu Fogão.
Esse foi um dos pontos altos da carreira de Carlos Alberto após sua gloriosa trajetória como jogador. E, como jogador, não há o que discutir: é um dos maiores nomes de todos os tempos no futebol mundial. Foi um dos precursores do lateral moderno, ou do “ala”, com avanços para o ataque que não eram tão comuns para os laterais da época.
Por Nelson Treglia