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Ações de combate ao Aedes reduzem casos

Aplicação de fumacê nos locais com maior
número de casos é uma das estratégias para reduzir números

Luciana Mandler
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Os números de casos confirmados de dengue e de mortes pela doença registrados no Brasil preocupam as autoridades em saúde. De 1º de janeiro a 4 de junho deste ano, foram 504 óbitos, o que representa praticamente o dobro de todo 2021, conforme o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. São Paulo lidera a lista, com 180 falecimentos, seguido de Santa Catarina, 60; Rio Grande do Sul, 49; Goiás, 44; e Paraná, 43. Ainda há 364 registros sob investigação.


Embora esses dados causem apreensão em nível nacional, em Santa Cruz do Sul há queda de notificações graças às ações de combate ao Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue – assim como da zika e da chikungunya –, realizadas pela Prefeitura através da Vigilância Sanitária. A baixa no número de casos é perceptível. De janeiro a junho de 2021, foram 5.016 casos positivos e cinco mortes. Em 2022, do começo do ano até essa terça-feira, 21, não houve registro de óbito e foram confirmadas 1.100 ocorrências da moléstia, ou seja, 3.916 a menos. O ano passado encerrou com 5.050 casos positivos, tendo sido notificados 6.961 e descartados 1.911. Em 2022, até essa terça-feira, foram 3.151 notificações, das quais 1.100 confirmadas e 1.054 descartadas, enquanto 997 aguardam resultados.


Com o elevado número de casos ocorridos em 2021, ações foram necessárias para reduzir esse índice. Conforme a coordenadora da Vigilância Sanitária do município, Francine Braga, foram e ainda são realizados mutirões nos bairros, houve contratação de mais agentes de combate às endemias, aplicações de inseticida de efeito residual nos pontos estratégicos e de UBV (também conhecido como fumacê) nos locais com maior incidência de dengue, e tratamento de valas e bueiros com larvicida biológico. A Prefeitura também promove ações educativas em feiras e escolas. “Além disso, há a integração dos agentes comunitários de endemias nos postos de saúde, garantindo que vários bairros sejam trabalhados ao mesmo tempo”, frisou.

Para manter o mosquito longe

• Usar repelente corporal, principalmente pessoas que estiverem com dengue ou zika ou chikungunya. Isso evita que o mosquito não infectado fique contaminado ao picar o doente. O Aedes aegypti pica preferencialmente durante o dia e é silencioso;
• Usar calça e blusa de mangas compridas;
• Se possível, instalar telas em janelas e portas;
• Utilizar inseticidas em aerossol dentro das casas. Passar embaixo de camas, mesas, atrás de móveis, perto do tanque, sacudir as cortinas;
• Colocar o lixo sempre em sacos fechados;
• Furar as latas antes de descartar para não acumular água;
• Tampar os tonéis e caixas d’água. O ladrão da caixa deve ter uma tela para evitar a entrada do mosquito – pode-se usar uma meia de nylon;
• Manter calhas sempre limpas;
• Deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo;
• Limpar semanalmente com escova: pratos de vasos de plantas e bebedouros de animais;
• Tampar as lixeiras;
• Manter as piscinas tratadas com cloro o ano todo e escovar as bordas semanalmente;
• Inspecionar os ralos semanalmente e colocar tela se possível;
• Inspecionar e tratar as bromélias;
• Não depositar materiais inservíveis em terrenos baldios;
• Guardar pneus em local coberto;
• Sempre depois de dias de chuva, inspecionar o pátio em busca de recipientes com água acumulada.