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Acidente aéreo mata Kobe Bryant nos EUA

Kobe Bryant está no hall dos grandes nomes do basquete mundial

Tiago Mairo Garcia
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Um dos maiores nomes do basquete mundial, Kobe Bryant, 41 anos, sua filha, Gianna Bryant, 13 anos, e outras sete pessoas foram às vítimas fatais após a queda de um helicóptero Sikorsky S-76B, na cidade de Calabasas, Califórnia, nos Estados Unidos. O acidente aéreo ocorreu às 09h47 da manhã no horário local (14h47 da tarde no horário de Brasília). Com a queda, o helicóptero pegou fogo, com as chamas sendo apagadas com dificuldades pelos bombeiros da cidade. Todas as vítimas foram encontradas sem vida no local.
Conforme informações extraoficiais da imprensa norte-americana, também teriam falecido o piloto Ara Zobayan, o técnico John Altobelli, sua mulher, Keri, e sua filha, Alyssa, a assistente técnica do time feminino da Harbor Day School, Christina Mauser, além de Sarah Chester e sua filha Payton, do time de basquete feminino da academia de Kobe Bryant. As causas do acidente ainda estão sendo investigadas.
A morte trágica de Bryant repercutiu rapidamente, gerando uma grande comoção mundial. Autoridades, lideranças do esporte e torcedores publicaram mensagens nas redes sociais lamentando a morte do ex-jogador do Los Angeles Lakers. Kobe Bryant foi um dos principais nomes da era moderna da NBA pós Magic Johnsson no Lakers e Michel Jordan, considerado o maior jogador de todos os tempos. Ao longo da sua carreira, o armador atuou somente com as camisas 8 e 24 do Lakers e com a camisa 10 da Seleção dos EUA. 
O jogador obteve cinco títulos da NBA com os Lakers, além de ser um dos maiores pontuadores da Liga com 33.643 pontos. Por coincidência, na noite de sábado, 25, Lebron James, que hoje atua pelo Lakers, superou Bryant na lista dos maiores pontuadores da Liga. Em sua última postagem na rede social, Kobe Bryant parabenizou James pela conquista. 
O ex-jogador também possuía 18 participações no All-Star-Games, o jogo das estrelas, sendo eleito MVP (melhor jogador na temporada 2007/2008). Com a seleção, Bryant foi campeão olímpico em 2008 (Pequim) e 2012 (Londres). Seu jogo de despedida ocorreu em abril de 2016 quando encerrou a carreira após 20 anos na NBA marcando 60 pontos na vitória do Lakers por 101 a 96 sobre o Utah Jazz em Los Angeles. 
Kobe Bryant tinha ligação afetiva com os brasileiros. O ex-jogador construiu amizades com Oscar Schimidt, Ronaldinho Gaúcho, Neymar, Kaká, Marcelinho Huertas, Marcelinho Machado e foi adversário de Nenê, Thiago Splitter, Anderson Varejão e Raulzinho nas quadras da NBA. Mesmo com a notícia da morte de Bryant, a rodada da NBA foi realizada no domingo, 26, com homenagens ao atleta em todas as partidas realizadas.

Exemplo para a nova geração
Assim como em vários lugares do mundo, a morte de Kobe Bryant também repercutiu em Santa Cruz do Sul e região. Para o coordenador e técnico das equipes sub 18, sub 22 e adulto do Unico, Athos Calderaro, Bryant foi um atleta diferenciado no meio dos diferenciados no basquete. “Quem não viu Michel Jordan jogar, pode ter visto o Jordan no Kobe (Bryant). Ele criou uma mentalidade vencedora e de como se trabalhar para atingir acima do seu melhor e isso inspirou muitas gerações em todos os esportes em todos os níveis. Isso deixou uma marca dele como jogador e como pessoa, pois ele tinha a preocupação com os jovens, sempre querendo mostrar o caminho correto, como deve ser um bom exemplo. Ele sempre serviu como inspiração e exemplo para toda uma geração que ama o basquete. Sentimos muito a perda dele e de sua filha. Com certeza ele cumpriu muito bem o seu papel aqui e está em um plano superior”, disse o coordenador.
O coordenador do Flyboys, de Candelária, e técnico da Seleção Gaúcha Sub 17 Feminina, Ricardo Ellwanger, também destacou Kobe Bryant como um grande exemplo. “É uma perda imensa. Kobe foi um dos grandes nomes da nova geração do basquete pós Michel Jordan que dinamizou a essência do esporte. Li duas biografias dele e uso o exemplo dele de como era ser atleta e a sua dedicação nos treinos. Se perdeu um ídolo, que tinha vários projetos sociais e uma marca pessoal forte do basquete. Muitas crianças cresceram vendo o Kobe jogar e se inspiraram nos seus exemplos. Deus sabe o que faz e tem algo muito maior, mas com certeza é uma perda muito grande para o esporte”, finalizou.