Início Geral ACI | Cechinato: mandato com saldo positivo

ACI | Cechinato: mandato com saldo positivo

Presidente exalta parcerias da entidade e eventos oferecidos aos empreendedores e público em geral

Para Cesar Cechinato, o sentimento que fica é de gratidão

Lucca Herzog
[email protected]

A gestão da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul está em transição. Para o biênio 2024-2025, os empresários Ario Sabbi, da Engepro, e Tironi Paz Ortiz, da Imply, assumem o comando da entidade como presidente e vice, respectivamente. O mandatário que se despede, Cesar Cechinato, avaliou o seu período em entrevista ao Riovale.
Entre muitas iniciativas e parcerias, Cechinato destacou os eventos de repercussão estadual, como o Tá na Hora – considerado um dos maiores do interior do Rio Grande do Sul no estilo reunião-almoço – e o relato de empreendedores de sucesso que marcaram as edições do Café Empresarial. Também as ações na área de sustentabilidade, com destaque para o ESG Experience, realizado junto a outras entidades e organizações, reuniram grande presença de público.

Entrevista

Riovale Jornal – Ao findar do mandato, qual o sentimento que fica?
Cesar Cechinato – De gratidão. Gratidão aos 29 maravilhosos integrantes da diretoria (vice-presidentes, diretores e diretoras), todos dotados de alto espírito associativista, empreendedores dos mais diversos segmentos que doaram seu tempo e suas competências para o sucesso da gestão. Aos nossos 20 membros do Conselho Deliberativo, ao nosso Conselho Fiscal e aos 20 ex-presidentes, por nos acompanharem e sugerirem ações e caminhos. Ao pequeno, mas dedicado, competente e aguerrido, quadro funcional, que deu conta das demandas da gestão. Aos parceiros nas nossas realizações. E aos nossos patrocinadores institucionais, que emprestaram suas marcas, seu prestígio e seu apoio para que pudéssemos realizar eventos e ações cada vez mais relevantes e importantes para o empreendedorismo local e regional.

RJ – Nesses últimos dois anos, quais foram as prioridades da ACI?
Cechinato – Lutamos junto à Assembleia Legislativa, e em conjunto com as principais entidades do Estado, para a desburocratização das atividades empresariais, que retirou de 700 CNAEs (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) a obrigatoriedade de apresentação de PPCI (Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios) para seu funcionamento. Lutamos pela desoneração da folha de pagamento dos segmentos que mais empregam. E, claro, pela tão aguardada Reforma Tributária, que, se não é a ideal, é muito melhor do que a situação atual. Sobre isso promovemos vários Tá na Hora com especialistas e deputados federais mais votados na cidade. Denunciamos, discutimos e sensibilizamos o empresariado local e regional através das Semanas da Indústria (2022 e 2023) sobre o processo de desindustrialização da economia brasileira e a importância de uma neoindustrialização, visto que somos o que somos (Santa Cruz) principalmente pelo protagonismo da nossa indústria.

RJ – Em conjunto com as demais entidades locais e regionais, a ACI também exerceu um protagonismo político?
Cechinato – Quando da eleição estadual, recebemos todos os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul que nos procuraram, independente de partidos e ideologias. A eles, e em conjunto com as nossas entidades coirmãs da região, entregamos uma série de reinvindicações na área de infraestrutura, cuja grande maioria (as de menor custo) tem sido atendidas pelo governo. Neste ano, por duas vezes, fomos a Brasília na companhia da prefeita Helena (Hermany, de Santa Cruz do Sul) e do deputado federal Heitor Schuch, presidente da Comissão de Indústria Comércio e Serviços da Câmara, com importantes demandas para nossa região. Questões como um futuro aeroporto regional e a autorização da Receita Federal para a instalação de um armazém alfandegário (porto seco) em Santa Cruz, uma demanda histórica, como também a necessidade de dotarmos o município de fornecimento de gás natural, melhorando a relação custo/benefício dos grandes usuários de energia. Para isso, em conjunto com a Fiergs (Federação das Indústrias do Estado), trouxemos a Sulgás para dialogar num primeiro momento com nossas indústrias. Hoje, a voz da ACI é ouvida também em Porto Alegre e Brasília.

RJ – A realização de grandes eventos deu visibilidade e protagonismo à ACI nesses últimos anos?
Cechinato – É a face visível do protagonismo para o público externo. Hoje, o Tá na Hora, com temas cruciais para o empreendedorismo e palestrantes renomados, e o Café Empresarial, retratando os cases locais de superação, inspiração e crescimento, se tornaram os principais eventos de realização contínua no seu segmento do interior do RS. Realizamos, em conjunto com outras entidades, a Semana do Meio Ambiente. Somos fortes apoiadores da Semana Lixo Zero e realizamos, também em conjunto com outras entidades, o maior evento ESG do interior do RS, o ESG Experience. Ou seja, nos tornamos também uma referência na sustentabilidade.

Tá na Hora, reunião-almoço da ACI, trouxe palestrantes de relevância estadual, nacional e internacional

RJ – O patrimônio da ACI também recebeu investimentos?
Cechinato – Principalmente, desde a gestão do presidente Gabriel Borba, realizamos uma forte redução de custos fixos e despesas, associadas a um aumento de nossas receitas. Isso permitiu que fizéssemos uma revitalização da Casa Jacobs e pudéssemos alugá-la e iniciar uma ampla reforma no primeiro piso do prédio da ACI. Pintamos, também, o imponente prédio da ACI após 15 anos sem manutenção. A esquina da Venâncio Aires com a Júlio de Castilhos está mais linda.

Prédio histórico foi revitalizado e sede reformada
Fotos: Divulgação/ACI