Ana Souza
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Acontece hoje, 17, a partir das 19h30, a abertura da 23ª Festa do Divino. O evento, que traz como tema Espírito Santo: vida e saúde da comunidade é uma realização da Comunidade Espírito Santo, que está localizada na Avenida Euclides Kliemann, 422, no Bairro Arroio Grande. Uma variada programação fará parte dos festejos que acontecem até o dia 27 de maio.
A Festa do Divino traz como casal festeiro José Luiz e Eliane Simon. Na Comissão de Apoio: Celso e Ilani Schuster, Devanier e Marli Baierle, Milton e Claudete Henn, Adalcir e Rosali Garcia, Gualter e Claudia Batista, Nestor Hermes, Izabete Voos, Elizete Pacheco, Marlene Rosa, Silvia Limberger e Marcelo Carlesso. O Pároco é Padre Rogério Kunrath.
O primeiro dia de programação será marcado pelo primeiro dia de missa com novena, jantar e apresentação do Coral de Vera Cruz. Uma das tradições da Festa do Divino são as novenas, este ano elas farão parte da programação dos dez dias de festejos. A primeira novena trará como tema Os dons do Espírito Santo na vida da comunidade, e assim as demais que acontecem diariamente até o dia 25 de maio. Entre os temas estão: Espírito Santo e a nossa identidade católica; Família guiada pelo Espírito Santo; Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo; A sabedoria do Espírito Santo presente na Terceira Idade; Crianças, adolescentes, jovens: sinais do Espírito Santo; Cristãos comprometidos com a sociedade; Espírito Santo saúde do corpo e da alma e Cristão: discípulo, missionário e profeta de Cristo.
No próximo final de semana a festa reserva vários atrativos para quem for prestigiar o evento. No sábado, dia 26, às 11h, acontece um Culto Ecumênico; ao meio-dia almoço; às 13h30, baile da Terceira Idade com animação da Banda Nova e apresentação da Banda do 7º BIB e às 18h, encerramento do baile. Às 19h30, Santa Missa Vespertina; 21h, jantar-baile e 22h, início do baile com a Banda Nova Geração.
No domingo, dia 27 – dia de encerramento da 23ª Festa do Divino – acontece, às 9h, Santa Missa de Pentecostes; 10h, Som Alta Rotação; 12h, almoço; 13h30min, apresentações diversas; 14h, início da reunião dançante com a Banda Nova Geração e 19h, sorteio da Ação Entre Amigos. No dia 3 de junho, às 19h30 haverá Missa de Ação de Graças e entrega dos prêmios da Ação Entre Amigos.
Fotos: Arquivo/RJ
Tradição da Festa do Divino se mantém viva ainda hoje em vários Estados brasileiros
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Festa teve origem na Antiguidade
O culto do Espírito Santo, de acordo com o historiador português Moisés do Espírito Santo, tem origem na Antiguidade. Entre os israelitas, a Festa de Pentecostes era celebrada cinquenta dias (sete semanas) depois da Páscoa, sendo uma das quatro festas importantes do calendário judaico: Páscoa, Omar, Pentecostes e Colheitas.
Ela era conhecida, ainda, com nomes diferentes: das Ceifas, das Semanas, do Dom da Lei, e outros, tendo sido, primitivamente, uma festa agrária dos cananeus (Rodrigues Filho, 1990).
Entre os hebreus, o termo shabüoth faz referência à festa que começa cinquenta dias depois da Páscoa e marca o fim da colheita do trigo. “A Festa do Divino é um eco das remotas festividades das colheitas” (Etzel, 1995).
Já o culto ao Espírito Santo, sob a forma de festividade, no sentido que iria adquirir mais tarde, se cristaliza no início da Baixa Idade Média, na Itália, com um contemporâneo de São Francisco de Assis, o abade Joachim de Fiori (morto em 1202), que ensinava que a última fase da história seria a do Espírito Santo. Suas ideias chegaram à Alemanha e espalharam-se pela Europa.
Em Portugal, no século 14, a Festa do Divino já se encontrava incorporada à Igreja, como festividade religiosa. A responsável por essa institucionalização da festa em solo português foi a rainha D. Isabel, esposa do Rei D. Diniz (1.279 – 1.325), canonizada como Santa Isabel de Portugal, que mandou construir a Igreja do Espírito Santo, em Alenquer (Campos, 1996). Em solo português, ela seria fortemente marcada por influências de tradições judaicas, muitas das quais chegaram até nós.
Com o início da colonização, ela foi introduzida no Brasil, provavelmente desde o século 17. A figura do Imperador do Divino – criança ou adulto – era o escolhido para presidir a festa. Aqui ela sempre foi uma festa de caráter popular, não figurando entre as quatro festas oficiais celebradas por ordem da Coroa, no período colonial. Mas seu prestígio no início do século 19 era tanto, que em 1822, segundo Luís da Câmara Cascudo, o ministro José Bonifácio escolheu para Pedro I o título de Imperador, em vez de Rei, porque era muito grande a popularidade do Imperador do Divino (Frota, 1984). Em certas cidades ou vilas do interior, o Imperador do Divino, com sua corte solene, dava audiência no Império, com as reverências privativas de um soberano (Campos, 1989).
Paróquia Espírito Santo receberá diversos visitantes durante a Festa do Divino
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O hino alusivo à Festa do Divino
Os devotos do Divino
vão abrir sua morada
Pra bandeira do menino
ser bem-vinda,
ser louvada, ai, ai.
Deus nos salve esse devoto
pela esmola em vosso nome,
Dando água a quem tem sede,
dando pão a quem tem fome, ai, ai.
A bandeira acredita
que a semente seja tanta
Que essa mesa seja farta,
que essa casa seja santa, ai, ai.
Que o perdão seja sagrado,
que a fé seja infinita,
Que o homem seja livre,
que a justiça sobreviva, ai, ai.
Assim como os três reis magos
que seguiram a estrela guia
A bandeira segue em frente
atrás de melhores dias.
No estandarte vai escrito
que ele voltará de novo
Que o rei será bendito
ele nascerá do povo.
Divulgação/RJ