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A tática de Tite

A Seleção Brasileira só volta a jogar pelas Eliminatórias em outubro, contra a Bolívia, em casa. Mas ainda vale refletir sobre o início do trabalho de Tite, que venceu seus dois primeiros jogos à frente da Seleção, contra o Equador (fora de casa, 3 a 0) e a Colômbia (2 a 1, em casa). Em menos de uma semana, o Brasil saiu da sexta colocação para a vice-liderança e entrou na zona de classificação.

Independente dos resultados, podemos fazer um comparativo do Corinthians campeão brasileiro que Tite treinou no ano passado com a atual Seleção, do ponto de vista tático. O Brasil, assim como o Corinthians de 2015, joga no 4-1-4-1. Quanto aos defensores, é a velha e tradicional linha de quatro, com dois zagueiros de área e dois laterais.

Vou me ater às posições que vêm mais adiante. O primeiro “1” na Seleção é o volante Casemiro, do Real Madrid. No Corinthians, a posição pertencia a Ralf. O segundo “4” conta com os seguintes jogadores na Seleção: William pela direita (no Corinthians, Jadson), Paulinho e Renato Augusto centralizados (funções de Elias e… Renato Augusto no “Timão”) e Neymar pela esquerda (Malcom). O centroavante, o “1” que encerra o time, é Gabriel Jesus na Seleção Brasileira. Vagner Love exercia esse trabalho no Corinthians de 2015.

Durante as duas partidas de Tite na Seleção, às vezes percebemos que William, Gabriel Jesus e Neymar formam um trio de ataque. Por sua vez, Casemiro, Paulinho e Renato Augusto compõem um tripé no meio-campo, o que transforma o 4-1-4-1 no antigo 4-3-3. É aquela velha história de que o futebol muda, mas não muda. Muito se transforma e muito se mantém.

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O Grêmio, tudo indica, não conquistará o Brasileirão. Então, a chance de título em 2016 é na Copa do Brasil. O Tricolor precisará jogar grande parte de suas fichas nessa competição. Se o Grêmio perder a Copa do Brasil, em 2017 o clube completará 16 anos sem títulos importantes e sete anos sem nenhuma conquista. É muito preocupante, por um lado, pois isso aumenta o estresse e a decepção do torcedor. Mas, de tanto perder, significa que logo poderá ganhar. Derrotas consecutivas (perdas de títulos, neste caso) significam que a vitória está cada vez mais próxima. Tomara que essa “regra” se confirme no caso do Grêmio. Passou da hora, convenhamos…

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O Grêmio recebe o Palmeiras na Arena neste domingo, 11, às 18h30. É uma chance de encurtar a distância em relação ao líder do Brasileirão. Também no domingo, Atlético/PR e Inter se enfrentam às 16h na Arena da Baixada, em Curitiba.