Mulheres unidas acarretam mudanças significativas na sociedade. Não é preciso ser melhor amiga da outra para investir e acreditar nela. Basta estar lá por ela, ser empática, ser companheira, ser protetora. Não menos importante: ser responsável pelo empoderamento dela.
Mulheres também são capazes de provocar desigualdades. Há muitas que ainda não se libertaram do patriarcado e reproduzem atos/discursos machistas. Elas devem ser excluídas da irmandade? Muito pelo contrário. Essa lacuna abre chance para o diálogo e para pôr fim a essa “ideia” de que uma mulher vive e respira para colocar a outra para baixo na menor oportunidade.
É um processo longo e, por vezes, não alcança um resultado positivo. Porém, é importante fazer a sua parte, pois meninas e mulheres sofrem com esse “ódio” diário, não só aqui, mas no mundo todo. É importante sempre mudar ou tentar mudar o discurso. Por que contribuir com a desunião se posso ajudá-las a atingir seus objetivos? A serem respeitadas? A orientá-las sobre seus direitos?
Ainda há discrepâncias no universo feminino, claro, mas cada uma tem sua história e, acredite, há muitas desesperadas para serem ouvidas. Só não encontraram uma oportunidade. A partir do momento que se muda a atitude e o discurso, refletir sobre tudo aquilo que provocou, e ainda provoca, dá aval para um novo olhar. É fato que ninguém foi o mais exemplar das pessoas no passado, mas há chance de amadurecimento e de libertação. De garantir reviravoltas positivas.
Quanto mais colocarmos umas às outras para baixo, impedimos umas às outras de crescer. Não podemos ser responsáveis em abafar o brilho da outra, mas sim enaltecê-lo. Precisamos nos fortalecer para quebrarmos incontáveis barreiras. É difícil para algumas? É.
Porém, se permita. Escute as preocupações da outra com a mesma atenção que escuta suas vitórias. Dê a mão a outra e a norteie com integridade e com respeito.
Sororidade anda junto com empoderamento. Quanto mais meninas e mulheres se apoiarem, mais as desigualdades diminuirão. Simplesmente porque elas passarão a caminhar juntas rumo ao progresso, braço a braço, independente da militância ou da batalha pessoal de cada uma.
Meninas e mulheres precisam parar de fechar portas. Uma vez fechada, se vetou uma chance para a mudança. Um desafio que não deveria ser desafiador, pois todas são iguais com backgrounds diferentes – a diferença que torna cada uma especial e forte à sua maneira.
As mulheres têm necessidade de pertencer a uma comunidade, mas o que foi culturalmente estabelecido, por assim dizer, tem impedido relações mais intrínsecas. Não há quem não deseje amigas para toda a vida ou companheiras que apenas sinalizam que estão ao seu lado para o que der e vier. É basicamente isso que sororidade representa.
Essa palavrinha abre espaço para contribuição e para o empoderamento. Uma vez que esse ciclo começa, não há quem não se sinta imparável.
Sem sororidade, há competição. Quanto mais competição, mais desvalorização do papel da mulher. Da luta da mulher. Isso, universalmente falando. A competição impede o empoderamento, justamente porque muitas ainda pensam que uma mulher enaltecida é uma ameaça.
As mulheres podem escolher suas visões e podem escolher ver umas às outras crescerem e terem sucesso.
A sororidade é poderosa!