P. Marcos Rogério Radecke
No passado os casais chegavam a ter 18 filhos. Algumas famílias passavam dificuldades, mas todos cresciam na presença dos pais e se tornaram cidadãos exemplares. Atualmente, por muitos motivos, a maioria dos casais têm a média de 2 filhos. Estes crescem com conforto, mas com pouca presença familiar. Assim, valores importantes da área humana vão se perdendo. Os passa-tempo de nossas crianças, adolescentes e jovens estão incutindo valores destrutivo em suas mentes: matar o adversário, “sou indestrutível”, “caso eu morra, tenho outras vidas”, acelerar carros potentes para ser o mais rápido nas ruas….
Os divórcios e as brigas conjugais estão mostrando que o casamento está se tornando obsoleto. A falta de paciência, o egoísmo, a dureza de coração e a falta de preocupação com o próximo têm sido os principais motivos das separações. Os fatores negativos da sociedade têm influenciado diretamente a família. O matrimônio, como todas outras instituições, é suscetível ao erro. A infidelidade e situação financeira têm destruído muitas famílias.
A família é o espaço no qual desenvolvemos os nossos primeiros passos para a vida. Passos de nossos pés, mas também passos no que se refere à personalidade, ética, misericórdia, religiosidade, amor próprio e fraternidade. É na família que ensaiamos a vida para depois a desenvolvermos no mundo. Neste espaço as crianças aprendem a acertar e a errar, tendo a oportunidade de corrigir o erro, mas principalmente oportunidade de vivenciar o perdão e a aceitação. Em Provérbiois 22.6 nos é dito ‘Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se desviará dele.’
Conta-se que um pai estava gravemente enfermo. Preocupado com a desarmonia entre seus 5 filhos, resolveu dar-lhes uma lição. Chamou-os, mostrou-lhes um feixe de gravetos amarrados e disse: “Como vocês sabem, estou doente e posso morrer a qualquer momento. Aquele que conseguir quebrar estes gravetos só com as mãos será meu único herdeiro.” Os filhos estranharam, mas aceitaram o desafio. Entretanto, nenhum deles conseguiu quebrar os gravetos. Indignados com a tarefa impossível proposta pelo pai, puseram-se a reclamar. Foi quando ele pediu o feixe e anunciou que ele mesmo iria quebrá-lo. Incrédulos, os filhos lhe alcançaram os gravetos e assistiram ao pai que, deitado, foi retirando os gravetos e quebrando-os um a um, para depois concluir: “- Vocês são como este feixe. Enquanto estiverem unidos, sempre poderão contar com o apoio um do outro. Porém, separados, vocês são tão frágeis quanto cada um destes gravetos.”
A família unida é uma bênção para vida e para toda humanidade. Há muitas forças que aquebrantam famílias, conseqüentemente pessoas. É muito importante que a família inicie com a bênção de Deus, pois a sabedoria e força humana não são suficientes para manter a família. Bênção não é algo mágico que vai proteger o Matrimônio de uma vez por todas. Da mesma forma que nos alimentamos de 3 a 5 vezes por dia, assim também precisamos alimentar a nossa espiritualidade. Precisamos pedir constantemente a Deus que renove a sua bênção sobre a família.
Agenda:
– Cultos: sábado – João Alves 20h com Santa Ceia; domingo – Ap. Pedro 9h; Centro 9h30.