Nas últimas semanas a vida dos cidadãos do Rio Grande do Sul, em destaque para os produtores agrícolas, não está sendo fácil. Isso porque uma estiagem atingiu nosso Estado, deixando sua marca por onde passou, fazendo com que munícipios decretassem situação de emergência devido à escassez de chuva.
Com a falta de chuva, diversos produtos do campo como as plantações de milho, soja, arroz, hortaliças e até animais bovinos foram afetados, tendo como resultado, plantações parcialmente ou completamente perdidas, gerando um enorme prejuízo para o agricultor, que subsequentemente trarão impactos na vida de todos, pois como a produção foi pouca, ao irmos no mercado, veremos o preço elevado dos produtos atingidos pela seca.
Indiretamente todos nós sofreremos com a estiagem, pois muita coisa depende de chuva para se desenvolver, desde o pasto do animal bovino até a luz que chega em nossas casas. Os aumentos serão sentidos no bolso, e não há nada que possa ser feito, visto que, não controlamos o clima. Não podemos pedir que chova quando queremos e nem que pare quando pedimos. Tudo que está acontecendo ao nosso redor e no Mundo, são consequências de uma má gestão dos Seres Humanos com seu Planeta Terra.
No ano passado pelos meios de comunicação acompanhamos as queimadas na Amazônia, muitas delas provocadas pelo Homem, e agora, vemos pelos mesmos as queimadas devastadoras na Austrália, tirando milhares de cidadãos de suas casas, e o mais triste, matando animais indefesos, que acabam morrendo em meio ao fogo por não saberem o que fazer. Tudo isso, consequências da nossa má gestão ambiental. Usufruímos do Planeta excessivamente, sem pensar que no que fazemos hoje, pode mudar toda uma história futura.
Não quero culpar apenas o Homem, já que a natureza tem seu próprio ciclo. Em um Estado chove muito, já no outro, o clima está ótimo para curtir a praia. Apenas acredito que temos que pensar um pouco e tentar mudar nossos hábitos “relaxados” com o meio em que vivemos, para evitar exatamente o que estamos vivendo.
As chuvas dos últimos dias foram um alivio para todos, mas o estrago já está feito. Produtores rurais tentam salvar o que sobrou e calculam seus prejuízos. Prejuízos estes que podem passar de milhões, dependendo o produto. E o produto que sobrar, será vendido, não com a qualidade esperada, mas para não se perder todo um trabalho e investimento.
Ricardo Luis Gais, 22 anos, estudante de Jornalismo na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).