A páscoa é mais um rito de povos antigos, assimilado pela Igreja Cristã.
De fato, para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar dos antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa. Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Persephone. Na mitologia romana, é Ceres.
Na Bruxaria, Ostara é um importante Sabbath, onde a Deusa é reverenciada em sua forma de virgem, trazendo assim a semente da fertilidade e renovação da vida.
Muito antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava o fim do inverno e a chegada da primavera. A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas da cristandade. A palavra “páscoa” – do hebreu “peschad”, em grego “paskha” e latim “pache” – significa “passagem”, uma transição anunciada pelo equinócio de primavera (ou vernal).
A Páscoa e seus elementos simbólicos:
O ovo – O ovo é um destes símbolos que praticamente explica-se por si mesmo. Ele contém o germe, o fruto da vida, que representa o nascimento, o renascimento, a renovação e a criação cíclica. De um modo simples, podemos dizer que é o símbolo da vida.
O coelho da Páscoa – A origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas! Assim, os coelhos são vistos como símbolos de renovação e início de uma nova vida. Em união com o mito dos Ovos de Páscoa, o Coelho da Páscoa representa a renovação de uma vida que trará boas novas e novos e melhores dias, segundo as tradições. Uma lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos.
Chocolate – A atribuição do chocolate a Páscoa tem uma origem mais cristã. O chocolate é fruto da terra e do trabalho das mãos humanas. A transformação do cacau natural em chocolate comestível é um processo complicado e laborioso, que envolve fermentação, secagem, limpeza, torrefação, moagem e aquecimento. O processo de produção do chocolate, portanto, nos lembra o suor e as lágrimas de Jesus durante sua paixão e morte. Uma semente deve cair na terra e morrer antes que ela produza seus frutos. É o mesmo com a semente de cacau.
Cordeiro – O cordeiro é um dos principais símbolos de Jesus Cristo, já que é considerado como tendo sido um sacrifício em favor do seu rebanho. Segundo o Novo Testamento, Jesus Cristo é “sacrificado” durante a Páscoa.
Cruz – A Cruz também é tida como um símbolo pascal. Ela mistifica todo o significado da Páscoa, na ressurreição e também no sofrimento de Jesus. No Concílio de Nicea em 325 d.C, Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Então, ela não somente é um símbolo da Páscoa, mas o símbolo primordial da fé católica.
Colomba Pascal – Criado na Itália, é um pão doce em formato de pomba. A pomba simboliza a paz de Cristo e também a presença do Espírito Santo.
Pão e vinho – Simbolizam o corpo e o sangue de Cristo. Jesus repartiu os com seus discípulos na Última Ceia (Santa Ceia).