Luciana Mandler
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Lecionar. No dicionário significa preparar alguém, instruir, ensinar. Neste dia 15 de outubro, a homenagem vai para os professores, responsáveis pelo desenvolvimento da educação. São estes profissionais que merecem o nosso respeito e admiração por desempenharam com dedicação e comprometimento essa tarefa que de fácil não tem é nada.
Exemplo de amor e carinho é a professora Elice Marli Noy, que há 11 anos transforma a vida de estudantes, através da Matemática. Desde 26 de fevereiro de 2009, a educadora atua no Colégio Mauá. Mas a escolha para ser professora veio desde criança. Aos 12 anos já tinha certeza de que esta seria a profissão para a vida. E de fato é. Elice demonstra um carinho e um amor pela profissão e pelos seus alunos que encanta.
“Amo o que faço, ensinar é minha vida”, enfatiza. “Amo estar na escola perto dos meus alunos. Ensinar Matemática para os alunos é algo que está dentro de mim, é algo maravilhoso ver a felicidade no rosto deles quando dizem entendi”, acrescenta. “A paixão de ensinar supera todas as dificuldades que existem. Esse amor que tenho pela educação, de ensinar vem lá do fundo, pois sempre quero o melhor para eles”, completa.
Esse comprometimento não vai embora nem mesmo no atual cenário, em que os educadores precisaram se reinventar para continuar com a missão de ensinar. Elice se reinventa a cada dia. “Levo para meus alunos uma aula diferente e que possibilite que aprendam em casa”, conta. “Na minha casa fiz uma sala de aula. Coloquei um quadro para poder dar aula ao vivo e os alunos se sentirem o mais perto da escola”, completa. Segundo a professora, está aprendendo a cada dia algo novo em relação à tecnologia, como editar vídeo, maneiras diferentes de levar as explicações para os alunos. Enfim, a profissional também acaba aprendendo com toda essa situação.
Atualmente, a educadora leciona para alunos dos 5º, 7º e 9º anos do Colégio Mauá. Mas e como é ensinar Matemática a distância? “Primeiro, tento mostrar a Matemática de uma forma diferente. Na sala, iríamos construir com eles, mas a distância tive que mostrar as deduções por vídeos que criamos como demonstrar áreas, ensinar frações”, explica. “Vídeos descontraídos, com efeitos diferentes”, aponta.
Para isso, Elice conta com ajuda dos demais colegas. “Nós nos unimos e colocamos o que faríamos na sala em prática. Ou seja, no 5º ano outras duas colegas ajudam, no 7º, duas professoras dão aula junto e no 9º mais uma colega. Junto, elaboramos os vídeos. Cada um do seu jeito”, comenta. “Por fim, colocamos os efeitos necessários para ficar uma aula divertida e que os alunos gostem de assistir. Essa união é fundamental. Um professor ajuda o outro”, destaca.
Ao longo deste processo e distanciamento social, ficam diversas lições. “Primeiro o amor em família. Meus dois filhos que estavam todo tempo ao meu lado. São pequenos, mas entenderam todo esse processo de mudança em casa”, salienta. “A paciência quando algo na tecnologia não dava certo. A união com os colegas da área. Sempre um estava e está pronto para ajuda o outro e ajudar aos alunos nos momentos de estudos a distância, pois na Matemática precisa estar junto. Foi e está sendo algo totalmente diferente, mas sempre damos o melhor para auxiliar os nossos alunos”, finaliza.
Para Elice são tantas lições, mas a maior delas é o carinho da família e o apoio da escola e da equipe pedagógica nestes tempos de pandemia. “A união, superação, amor são peças fundamentais neste momento”, reflete. Durante este momento de distanciamento a saudade foi grande conforme a professora, mas ela sempre tentou passar alegria para os estudantes, como se fosse na sala de aula, “pois eles esperam isso de nós, professores”.
Assim como Elice, muitos professores são exemplos e nos fazem acreditar que a educação é sim a chave para o futuro e que é possível acreditar num amanhã melhor.