Dia desses participei de um evento em que essa frase do título foi usada como motivo para mudar a dinâmica que nele seria feita. Nesse dia eu pude perceber o quanto o que está a nossa volta pode mudar tudo e fazer uma grande diferença em nossa vida e até na de quem está ao nosso redor.
Fomos convidados pela palestrante a caminhar pelo espaço ao som de uma música animada. Em determinado momento ela interrompeu a música e pediu para que ficássemos parados. Pediu para que nos olhássemos no olho de quem estava ao nosso lado, que tirássemos um tempo para uma pausa e pudéssemos perceber o quanto esse tempo era importante. E então sugeriu que nos ligássemos de alguma forma para formar um grande círculo sem nenhum canto. Num primeiro momento fiquei nervosa, afinal eu estava distante de quem estava mais próximo de mim. Mas a sugestão de usar os materiais que tínhamos à nossa disposição fez com que a mudança fosse percebida e eu pudesse pegar um papel para me ligar a pessoa da direita, e segurar um jornal oferecido pela pessoa da esquerda. Teve gente que fez até contorcionismo para que a dinâmica desse certo, sempre cuidando para não forçar nada, pois se sentíssemos dor era preciso encontrar outra forma.
Foi com essa dinâmica que percebi que ‘cada um soma com o outro’ e que o trabalho em equipe sempre é mais prazeroso. Naquele momento de ligar-se ao outro a solidariedade e o entendimento do limite de cada um fez pensar sobre a frase “ou todos se salvam, ou todos morrem afogados”. Não queríamos deixar ninguém de fora e precisamos encontrar saídas para formar um círculo de proximidade e de alternativas. E assim será o novo ano. Ele vem carregado de alternativas, oportunidades e mudanças. Cabe a cada um de nós parar para pensar sobre o que será melhor fazer, qual a melhor forma de não deixar que o círculo tenha cantos e que ‘as coisas só mudam, se você muda”.
Não basta querermos mudar sem olhar ao nosso redor e encontrar o que precisa ser feito. Não basta culpar o outro pelo que eu posso mudar. Ao fazer a lista de 2019 e fazer o balanço de 2018 que possamos agradecer por tudo o que aconteceu, pois, tudo foi aprendizado e crescimento, mesmo aquilo que quisermos apagar da memória. Que a mudança esteja ao nosso redor e possa ser vista. E que possamos nos tornar pessoas melhores com simples gestos de solidariedade para que ninguém se afogue.
*Viviane Scherer Fetzer
Jornalista e editora-chefe no Riovale Jornal