A reflexão é um dos aspectos essenciais da filosofia. E o pensamento reflexivo tem um papel relevante na sociedade como um todo. Debates filosóficos alertam para um caminho perigoso: uma sociedade que não reflete, tende a cair na predominância da superficialidade. E o aspecto superficial abre caminho para o domínio de ideologias nefastas, como foi o caso do nazismo na Alemanha, entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
A Revolução Francesa, antes do nazismo, permitiu que fossem disseminados os valores da ‘Liberdade, Igualdade e Fraternidade’. Este foi um dos benefícios daquela Revolução. O problema é que o nazismo, aproveitando-se de uma sociedade inexperiente com os valores de liberdade, igualdade e fraternidade, soube utilizar-se das massas para chegar ao poder e estabelecer uma ditadura.
A forte propaganda do nazismo foi habilidosa em manipular as massas, incapazes de refletir. Foi assim que os nazistas se estabeleceram no poder: aproveitaram-se da superficialidade, tentando uniformizar o pensamento das massas em torno da ideologia totalitária. Com a ausência de reflexão e a tentativa de uniformizar pensamentos, acontece a desvalorização da diversidade. Faltam ideias diferentes, e o contraditório se ausenta.
Sem reflexão, o diferente passa a ser intolerável e se legitima a violência contra o diverso. Foi assim que o regime nazista cometeu o Holocausto. A superficialidade leva à “normalização” da violência. O que é muito triste. Por essa razão, tente refletir, tente ser mais humano nas suas relações. Cada pessoa tem seu pensamento, e deve cultuá-lo e socializá-lo. Devemos dar o direito de cada pessoa ter sua opinião.