A crise gerada pelo coronavírus está servindo para muitas lições, dentre as quais podemos citar a importância de um sistema público de saúde, a necessidade de investimento estatal na pesquisa no campo da saúde e de medicamentos, e também desnudando os falsos estadistas.
Quantas vezes já ouvimos a frase de que, “é na crise que os líderes assumem sua responsabilidade”. No caso Brasileiro, percebe-se que a grande maioria dos Governadores dos Estados da Federação e Prefeitos assumiram de forma corajosa a responsabilidade de evitar um mal maior, como já ocorreu na Itália e Espanha. Mas o líder máximo da Nação, o Senhor Presidente da República, ao contrário, tem dado demonstrações claras do que o líder não pode e não deve fazer, num momento tão sério que o País vem atravessando.
Em primeiro lugar, a atitude mesquinha de invejar o bom trabalho de um subordinado, no caso o Ministro da Saúde, demonstra por si só o tamanho de sua imaturidade emocional e psicológica. Aliás, já escrevi neste espaço sobre o papel dos bajuladores nos bastidores do poder, o que se encaixa perfeitamente no perfil que mais agrada o Presidente em seus assessores, que é o caso do mais indigno dos ministros, o Ministro da Educação, que quando não tem nada melhor para fazer, cria um desconforto internacional com a China, nosso maior parceiro da balança comercial, seguindo a estupidez de um dos filhos do Presidente, tudo para agradar seu chefe.
Já o Presidente, que talvez mal orientado por alguns assessores que acreditam que a terra é plana, e seguindo a estupidez do Presidente dos EUA, acredita que a pandemia é uma “gripezinha”, mesmo diante das evidências científicas que demonstram a letalidade do vírus que se espalha com muita volatilidade.
Por tudo isto, os nossos tempos exigem Estadistas, e não fanfarrões, que fazem de tudo para criar polêmica. Estamos sim diante de uma enorme crise de saúde pública, que terá efeitos muito danosos para a economia mundial, e como sempre, países periféricos como Brasil e outros serão seriamente atingidos. Não há mais espaço para discussões bestiais, e muito menos disputas juvenis entre gestores públicos das três esferas do poder estatal. Também temos que ter presente que o Presidente americano nunca enganou ninguém, pois sempre disse que “EUA First”, ou seja, a alegada amizade das famílias Bolsonaro e Trump, é mais uma ilusão de quem nada sabe sobre o papel de um verdadeiro estadista.