O nosso reconhecimento, pela articulada mobilização em todos os estados brasileiros, principalmente onde acontecem os jogos da Copa das Confederações. A mídia mundial assiste à inconformidade de uma parte da população como massa de manobra a serviço de desmoralizar o governo – com intenção de modificar o alto índice de aprovação do governo da presidente Dilma de olho nas próximas eleições.
Não há a necessidade explícita da participação dos partidos de oposição. Mas, convenhamos, para mobilizar mais de 20 mil pessoas em cada estado da federação, é necessária uma articulação com muita antecedência. Seria legítima a manifestação, democrática, se houvesse demonstração de nossa insatisfação de maneira ordeira e pacífica. Não podemos aceitar a invasão de prédios públicos, o quebra-quebra do nosso patrimônio. Violência generalizada como forma de protesto é inaceitável.
Reconheço que, em política, quem está no poder procura se manter e quem quer chegar ao poder faz o possível até chegar lá. Naturalmente respeitando a ética e bom senso, respeitando as regras democráticas. Nada é mais legítimo que a manifestação do povo, demonstrando insatisfação na condução de políticas públicas. É da democracia. Mas aproveitar um evento como o da Copa das Confederações, evento-teste para Copa do Mundo de 2014 e a seguir o das Olimpíadas, onde o mundo olha para o Brasil como um país em desenvolvimento e com grande crescimento econômico, me parece palanque eleitoral.
Não reconhecer que um evento como este trará para o Brasil um grande salto de visibilidade e respeito é, no mínimo, um projeto de desmoralização para se chegar ao poder. O Brasil é um país tetracampeão mundial de futebol, os clubes brasileiros campeões de Libertadores e mundiais, os nossos jogadores se tornaram os melhores do mundo de forma individual jogando no exterior. Mas uma disputa como esta só poderia acontecer se investíssemos em estádios, e numa boa infraestrutura para receber o mundo do futebol. Não reconhecer os belíssimos estádios, que deram ao Brasil outro patamar de ser a maior potência no futebol do planeta, é um retrocesso. Vaiar o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e a nossa presidenta Dilma Rousseff, foi de uma deselegância brutal e legitimamente fomos chamados de mal educados, uma vergonha. Pensemos nisso.
Direito Romano – “Senatus-Consultos”: No início do principado, os Senatus-Consultos passam a ser fonte de direito, em virtude do exaurimento do Poder Legislativo dos comícios, funcionando assim como uma ponte entre esse último que não mais se reunia, e o princeps. Assim, o princeps propunha as medidas que julgava necessárias, e o Senado deliberava. Com o tempo, a proposta do príncipe, graças à sua autoridade, passa a ter mais valor do que a deliberação do Senado, uma vez que este se manifesta sempre pela aprovação. Por isso, os Senatus-Consultos (deliberação do Senado) vão perdendo sua característica das fontes de Direito”.
“O mais importante da vida não é a situação em que estamos. É a direção para a qual nos movemos”. (Oliver Wendell Holmes)