Suilan Conrado
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Estamos no verão. A estação do sol, do mar, das piscinas, e dos insetos. O período mais quente do ano, é também a época preferida das moscas e mosquitos, que costumam atazanar muita gente zunindo, picando e pousando sobre os alimentos expostos.
No entanto, esses animais pertencentes à classe dos Artrópodes (invertebrados que possuem partes do corpo articuladas e rígidas) são essenciais para o equilíbrio do ecossistema.
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MOSCAS & MOSQUITOS, a dupla de maior sucesso no verão
Segundo Andreas Köhler, professor do Departamento de Biologia e Farmácia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), os insetos como moscas e mosquitos, compõem a “teia alimentar” (reunião de várias cadeias alimentares) e, portanto, servem de alimento para outros animais, tornando-se essenciais para o ciclo de vida natural.
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Insetos como mosquitos e moscas são fundamentais para a teia alimentar do ecossistema
Muitas moscas, por exemplo, são transformadoras de matéria orgânica, e importantes predadoras ou parasitas de diversos insetos nocivos. Há também, as espécies controladoras de algumas plantas daninhas e outras que auxiliam na polinização de plantas.
Ainda conforme Köhler, o desmatamento é um dos principais fatores que colaboram para a proliferação dos insetos. “As alterações feitas pelo Homem no meio ambiente propiciam a formação de habitats favoráveis à multiplicação desses insetos”, salienta o Doutor.
Preservar a natureza pode ser a solução para dias de verão com mais sombra, e menos repelente.
DOENÇAS
O estorvo que os insetos costumam causar, não é nada se comparado às doenças que eles podem transmitir.
De acordo com o professor Köhler, a Dengue, considerada uma das mais graves, está bem controlada na região. “Não há registros de dengue na região do Vale do Rio Pardo atualmente”, enfatiza.
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“Aedes aegypti” é o mosquito transmissor da Dengue. Não há registros da doença no Vale do Rio Pardo atualmente
Mas a enfermidade transmitida pelo mosquito “Aedes aegypti”, é apenas um exemplo. Malária, leishmaniose tegumentar, Mal de Chagas e filariose são outras afecções graves que podem ser transmitidas por um mosquito.
Já a conjuntivite, febre tifoide, tuberculose e diarreia, são moléstias possivelmente adquiridas no contato com as moscas.
PREVENÇÃO, SEMPRE O MELHOR REMÉDIO
As campanhas contra a dengue acontecem há anos no Brasil, e o trabalho de divulgação de prevenção da principal doença transmitida pelo mosquito “Aedes aegypti”, é de suma importância.
O Ministério da Saúde recomenda combater os focos de acúmulo de água, que são locais propícios para a criação do mosquito transmissor. Para tanto, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
Tratando-se de moscas, o ideal é manter os alimentos guardados em recipientes com tampa ou cobertos. Além disso, não deixe restos de alimentos espalhados, assim como fezes de animais ou qualquer vestígio de lixo no ambiente.