A maternidade é o elo que nos reconecta às mulheres que se permitem ser inteiras e sinceras umas com as outras. Aquelas que na dificuldade e na solidão do fazer e do sentir materno se permitem olhar e compartilhar a verdade dos dias desafiadores que se impõem após a chegada de um filho. Falo de um lugar de uma mãe que precisa trabalhar, sem uma rede de apoio e que precisa “dar conta” das tarefas de mulher, mãe e profissional apenas tendo auxílio do marido e dos profissionais, que são excelentes, sim, não há dúvidas, mas que demarcam um novo tempo, o da maternidade absolutamente solitária. Antigamente, havia uma espécie de “ajuda mútua”, a vida parecia ser menos impregnada de individualismo e as crianças eram vistas como uma responsabilidade “da família”, todos ajudavam.
Atualmente, tudo foi terceirizado e o “peso” parece ter ficado ainda maior para os pais, e em geral para a mãe. Além da oferta de produtos, existe a oferta de serviços, de escolas, de pedagogias, de cursos, de possibilidades de entretenimento, etc. Tudo com o objetivo de desenvolver, envolver e criar necessidades cada vez mais complexas e dispendiosas do ponto de vista financeiro. Criando o desejo e a falta nos pequenos, e a comparação e a culpa nas mães. Então, além de dar conta da rotina dos filhos, dos vários papéis que precisa desempenhar, ainda existem todos esses sentimentos que são produzidos no intuito de gerar cada vez mais o enfraquecimento da sua autoestima e a crença eterna de que está sempre em débito, com o filho, consigo, com o mundo.
Neste momento, em que somos iguais: frágeis, querendo acertar, cheias de medo e na ânsia de dar conta do impossível, eu faço um convite: lembre-se de como você era antes de ser mãe. De como julgava as crianças “birrentas e mimadas” e quantas vezes talvez tenha usado a clássica frase: “e se fosse meu filho”. E agora, após ser mãe: quando você vê outra mãe acalmando seu filho num ataque de raiva, morrendo de vergonha, quase aos prantos. Qual é a sua reação? Não existe um sentimento de compaixão com aquela mulher, também mãe, que você pode nunca ter visto, mas sabe exatamente como se sente? Pois então, se a maternidade, apesar de todos os desafios, te ensinar apenas a ser uma pessoa melhor, com mais empatia, já vai ter valido a pena. Nosso objetivo não é ser uma mãe melhor que a outra, muito menos que nossos filhos sejam melhores que seus amigos. Nossa maior tarefa é o desenvolvimento da própria consciência, percebendo o nosso próprio crescimento! Isso se chama transformação, evolução. E é pra isso que estamos aqui.
Fabiane Porto
Facilitadora da Alma
Taróloga (Tarô Quântico)
Terapeuta Polaridade Sistêmica (Florais da Deusa) e das Mesas Cristalina Metatrônica e Divino Ser